Uma comitiva liderada pelo Rotay Club de Cáceres em parceria com deputado Estadual Ezequiel Fonseca (PP) buscou em missão oficial ao Chile na última semana a Integração Comercial Sul Americana. A ação teve por objetivo estreitar os laços com os países vizinhos visando impulsionar o intercambio comercial. A proposta defendida pela comitiva prevê a viabilização e implantação de um corredor de exportação com início no município de Cáceres passando pela Bolívia, Peru e Chile, onde há portos marítimos. Apontado como maior produtor de grãos, Mato Grosso será beneficiado em diversos aspectos, dentre eles, na logística com a diminuição do fluxo de carretas, menor custo do frete e tempo de percurso. O trajeto deve também desafogar os Portos de Santos e Paranaguá que se encontram sobrecarregados. No entanto, durante a viagem foi observada a necessidade de uma infraestrutura adequada que garanta o transporte internacional. O prefeito de Cáceres, Francis Maris, integrante da comitiva destacou que o Estado será beneficiado economicamente. “Com essa rota de interação, os exportadores terão um preço mais competitivo”. Em contrapartida, ele frisou que durante a viagem foram encontradas algumas dificuldades com a Bolívia. “Será necessário encontrar uma alternativa de importação para a Bolívia justificando o investimento em infraestrutura que eles deverão fazer no corredor.” O presidente da Câmara de Cáceres, Alvasir Alencar salientou que a viajem de intercambio foi fundamental iniciando o processo. “Percebemos o interesse dos Chilenos na implantação do traçado, principalmente, porque é um país com apenas 3% de terras aproveitáveis, ou seja, necessitam dos alimentos produzidos no Brasil.” Segundo ele, o Rotary está fazendo um trabalho de extrema importância, pois encabeçou diplomaticamente o projeto. “O Rotary tem acesso a ONU, isso facilitará a conciliação entre os países envolvidos e nos tratados comerciais”. Washington Calado Barbosa, presidente do Rotary de Cáceres, lembrou que a união do poder público, entidades privadas e sociedade civil organizada dos países são fundamentais no processo. “A nossa intenção foi provocar os países; despertamos o interesse deles, e conseguimos acioná-los para uma segunda reunião no primeiro semestre de 2014 para tratar da viabilidade do trajeto que ligará Mato Grosso ao oceano Pacífico, isso fomentará o comercio por todo o trecho”. Geraldo Leão da Silva, idealizador da proposta e membro do Rotary explicou que a discussão sobre o traçado iniciou no ano de 1993 e foi retomado diante a viabilidade da rota. “Especialistas fizeram um estudo sobre a viabilidade do trajeto. O próximo passo será unir o setor produtivo do Estado e direcionar as diretrizes para a aplicação do projeto”. Ele agradeceu o apoio do deputado Ezequiel, representante da região oeste. Ezequiel destaca que a saída para o Pacífico possui uma característica única, colocando em situação mais privilegiada em termos de desenvolvimento potencial a região fronteiriça, mais afastadas dos grandes centros. Abrangendo o Estado de Mato Grosso, são muitos os produtos a serem exportados da região de influência do corredor para o Pacífico como, por exemplo, produtos agrícolas, produção extrativista vegetal, carnes e produtos industrializados. Já o Brasil pode exportar por meio da rota para a Bolívia, Chile e Peru, produtos como veículos, eletrodomésticos, eletrônicos, produtos alimentícios, de limpeza, carne e seus derivados, entre outros. E os países podem nos oferecer fosfato, cobre, sal, enxofre, petróleo, farinha de peixe, além de frutas como a uva, maça, pêra, ameixa, bem como fomentar o turismo, dessa forma todos podemos lucrar na relação comercial com esse países.