Idealizada pelo juiz Geraldo Fidelis, canil de farejadores é uma consquista da comunidade
Por Diário de Cáceres/Clarice Navarro Diório
01/11/2013 - 18:22
A obra do canil para cães farejadores,que teve início em março,foi inaugurada hoje. O canil fica localizado no terreno nos fundos do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC).
Foram construídas 16 baias, para 16 cães,que, treinados, irão ajudar a polícia no combate ao narcotráfico em Cáceres e região.
A obra está orçada em R$ 360 mil, e foi executado com recursos do governo do Estado. O canil é uma conquista da união de segmentos organizados de Cáceres, especialmente do Judiciário, através do juiz da Geraldo Fidelis, então titular 2ª Vara Criminal da comarca(joje juiz da Vara de Execuções de Cuiabá) e da maçonaria. Foram várias visitas feitas ao governador Silval Barbosa, com o apoio do então chefe da Casa Civil, José Lacerda.
O venerável mestre da Loja Maçônica União e Força, Claudio Palma Dias, juntamente com o juiz de direito Geraldo Fernandes Fidelis, visitaram a obra do canil em meados de julho.
Na época, o canil já contava cinco cães: quando aconteceu o primeiro Curso de Cinotecnia e Cinologia em Cáceres*, já constou a aquisição de cinco cães "prontos", isto é, treinados, além de outros dois já adquiridos pelo Exército Brasileiro em Cáceres, que servirão para treinamento dos agentes que depois trabalharão com eles. Com a conclusão da obra do canil devem ser adquiridos em torno de 10 a 15 filhotes para serem treinados e aprontados já no próprio Canil de Cáceres. "Podem ainda ser adquiridos alguns adultos já prontos, e o custo médio por animal pronto é de R$8.000,00 ou mais"-informou Claudio Palma.
No canil serão mantidos os cães, com pessoal especializado permanente, com médico veterinário próprio, onde serão adestrados alguns como farejadores de drogas, outros de explosivos e outros ainda podem até ser treinados para encontrarem celulares e outros aparelhos ou artefatos dentro de presídios e até mesmo armas de fogo. Concomitantemente serão treinados agentes de todas as forças de segurança de forma integrada para o trabalho com os cães.
"Não poso deixar de citar que a ideia foi apresentada pelo cidadão cacerense Dr. Geraldo Fidelis, há já bom tempo, e a Maçonaria a encampou unindo forças para que realmente se implantasse em Cáceres este importante projeto, de interesse direto de toda a população, pois o resultado na retirada de traficantes e drogas de circulação será muito grande com o uso de cães farejadores trabalhando em duplas com os respectivos agentes de segurança que recebem tão dignificante incumbência. O projeto técnico da construção foi elaborado por outro cidadão que também temos orgulho de assim chamar, Dr. Adilson Reis, a título de colaboração. A entrada da Maçonaria abraçando o projeto de forma explícita e pública, que não é o feitio da instituição sempre agindo em silêncio pelo bem estar da comunidade, foi necessária para garantir que o Canil não fosse levado para a capital ou para outras cidades cujos representantes passaram a pleitear, e, principalmente para mostrar para as instituições e comunidade cacerense que é possível obter vitórias como esta,, desde que se esqueça na hora de obter e construir as rivalidades político partidárias, desde que as instituições trabalhem unidas com um único propósito, pois temos muita força se unirmos as instituições cacerenses e regionais sem sectarismo Se toda a comunidade permanecer unida é possível transformar Cáceres e região e sair deste marasmo - o canil é uma pequena obra, mas importante como exemplo disto."
Para Claudio Palma, "o Dr. Geraldo Fidélis hoje é o "embaixador" de Cáceres na capital; demonstrando sua responsabilidade com o que faz e com os companheiros que arregimentou em torno deste projeto, tanto que periodicamente está conosco visitando a obra, assim como outros Maçons, para que tudo saia a contento e que se providencie a remoção de qualquer obstáculo que atrapalhe o avanço e conclusão da obra."
Como advogado criminalista, Claudio Palma falou sobre a importância da obra: "a maior importância deste canil em Cáceres se dá por sua localização geográfica (e pelo povo que idealizou, projetou, buscou recursos, brigou pela obra e acompanha até sua conclusão e depois também), pois que é o municipio com maior fronteira seca com a Bolívia, e a atuação dos policiais com cães farejadores causará um grande impacto na luta contra o narcotráfico.
Não podemos deixar de lembrar um aspecto importante do trabalho com cães farejadores de drogas: tornam-se quase desnecessárias as constrangedoras revistas pessoais em passageiros em viagem quando há alguma fiscalização neste sentido, assim como desnecessário abrir bagagens e pacotes transportados nos coletivos, pois os cães tem o faro tão apurado que mesmo com bagagens e pacotes fechados, ou só se aproximando da pessoa suspeita, já dão o sinal da exista~encia de droga, se for o caso."
O projeto original do canil conta com 16 baias individuais, com banho de sol e cobertura isolante para o calor, uma piscina própria para o treinamento e exercícios dos cães, consultório veterinário completo, depósito num prédio, e outro prédio exclusivamente para a administração.com uma área construída de 491 metros quadrados em terreno de aproximadamente 3 mil metros quadrados, nos fundos da Delegacia Regional de Polícia Judiciária Civil, com custo orçado inicialmente em 297 mil reais.
"Para o cidadão comum talvez seja mais difícil aquilatar o valor da implantação deste canil, do treinamento dos agentes que farão duplas com os cães e dos próprios cães, adestramento dos cães e sua disponibilidade para as forças de segurança, mas sabemos todos que diariamente cruzam pela fronteira Brasil-Bolívia centenas de quilos de cocaina ou crack que vem para ser distribuídos fulminando nossos filhos com a desgraça do vício. Um homem bem treinado e um cachorro farejador de drogas também bem treinado forma uma dupla infalível, realizando sozinhos o trabalho de mais de cinco homens na busca de drogas ( inclusive drogas enterradas a boa profundidade) . Portanto o canil é de vital importância nesta região para diminuir esta epidemia que assola om país - como pai, como advogado e como cidadão, entendo que todas as pessoas que ocupam algum cargo ou que fazem parte de alguma entidade deve agir mais para que projetos como este se tornem realidade e se perenizem em sua atuação em prol da comunidade de homens, mulheres, jovens e crianças de bem, deixando de lado o apenas falar ou se queixar ou atribuir a culpa de tudo aos governantes - cada um deve fazer sua parte e tudo será muito melhor. Assim deveria ser com todas as áreas, inclusive com o Turismo de nosso município"-opinou.
O curso contou com 30 participantes de várias forças policiais. Cinofilia significa afinidade com os cães, enquanto Citotecnica, ensina as técnicas de adestramento. Assim, o curso forma a dupla: cão-policial, que passam a ser parceiros na ação.(Nota da Redação)