Pedro Henry se entrega à PF
Por Midianews
13/12/2013 - 16:17
O deputado federal Pedro Henry (PP-MT) se entregou na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal por volta das 12h. O parlamentar também enviou uma carta à presidência da Câmara dos Deputados, onde informou estar renunciado ao seu mandato como deputado federal.
Nesta manhã, a Polícia Federal informou que recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) ordem para prender Henry.
Na quinta (12), a Suprema Corte havia decretado o fim do processo do mensalão para o parlamentar mato-grossense e para o advogado Rogério Tolentino.
Tolentino é ex-advogado de Marcos Valério e foi condenado a 6 anos e 2 meses por corrupção ativa e lavagem, assim como seu ex-cliente.
Único do Estado a participar do esquema, Henry foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Ele chegou a entrar com embargos infringentes (recursos para reverter condenação quando o voto dos ministros ficam praticamente "empatados"), porém o recurso foi rejeitado pelo ministro e presidente do STF Joaquim Barbosa.
No dia 4 de dezembro, o procurador-geral da República já havia defendido em parecer a prisão imediata de Henry.
Cumprimento da pena
O advogado do deputado federal Pedro Henry, José Antônio Alvarez, espera que o parlamentar possa cumprir a pena em Cuiabá.
O local, segundo Alvarez, será definido pela Vara de Execuções Penais.
A respeito da possibilidade de Henry renunciar ao mandato, ao invés de permanecer e correr risco de ser cassado por seus colegas, o advogado afirmou que não recomendou nada ao deputado e que é uma decisão extremamente pessoal.
Condenação de Henry
O deputado Pedro Henry foi condenado, no dia 26 de novembro de 2012, a sete anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por conta da sua participação no Mensalão.
Na mesma oportunidade, ele também foi condenado a pagar R$ 888 mil em multa.
O parlamentar ainda foi denunciado por formação de quadrilha, mas acabou sendo absolvido.
Segundo entendimento dos magistrados, Henry teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do Governo Federal - na época, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).