Durante reunião entre a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cáceres (SSPM), com a vice-prefeita Eliene Liberato Dias e os secretários Washington Calado (Governo), Odiner de Sá (Finanças) e Leandro Xavier (Planejamento), o secretário de Finanças, se comprometeu em repassar até o dia 10 de cada mês, os valores descontados dos servidores e que devem ser direcionados ao Sindicato para o pagamento das empresas conveniadas. O Encontro foi presenciado pelo líder do prefeito na Câmara, vereador Edmilson Tavares. Nos últimos três meses a prefeitura vem atrasando o repasse gerando transtorno aos servidores já que sem o repasse os cartões de convênios são bloqueados automaticamente. ‘A maioria esmagadora dos servidores ganha muito pouco e utiliza o cartão para completar suas necessidades básicas. O atraso acaba deixando essas pessoas em uma situação muito difícil’, afirmou o presidente do SSPM, Claudiney Lima. Ainda durante o encontro que contou com a presença dos diretores do SSPM, Elina Monteiro (secretária geral), Denis Cavalcante (tesoureiro), Ester Ferreira (2ª tesoureiro) e Fábio Lourenço (diretor técnico), o Sindicato voltou a reclamar dos discursos ofensivos do prefeito Francis Maris, generalizando os servidores. Também voltou a reclamar da falta de condições de trabalho, material de expediente, além de médicos no PAM e a falta de medicamentos. ‘Já se passaram mais de um ano e até hoje a atual gestão não consegui organizar a prefeitura. Não conseguiram comprar nem material de expediente’, ressaltou. O presidente do SSPM também criticou o discurso de austeridade e lisura do prefeito que segundo ele está permitindo uma série de irregularidades e dando tratamento diferenciado a alguns servidores. Ele citou como exemplo o pagamento de vantagens indevidas e horas extras que estão vetadas para a maioria dos servidores. ‘Ele faz um discurso na teoria, mas na pratica as coisas estão ocorrendo de modo diferente’, acrescentou. Ainda durante a reunião, Lima revelou que a rodoviária do centro foi incorporada definitivamente ao patrimônio do Previ e o valor do imóvel amortizou parte do déficit atuarial. Ele explicou que deste modo, ela não poderá mais ser devolvida ao município como queria o prefeito. ‘Agora quem tem que decidir o destino da rodoviária são os servidores, donos do imóvel’, frisou. Ainda em relação ao Previ, o presidente do SSPM antecipou que os servidores são contra qualquer parcelamento da divida de R$ 5 milhões que o município tem com o instituto. ‘Temos ouvidos nos bastidores que a prefeitura está promovendo uma articulação política com a Câmara para fazer um parcelamento, mas nós não vamos aceitar’, revelou. Durante a reunião o diretor técnico Fábio Lourenço demonstrou preocupação com o atraso no processo para contratação de motoristas para o transporte escolar. Ele afirmou que as aulas vão começar no próximo dia 10 e até o momento a Secretaria de Educação sequer divulgou o edital para o teste seletivo. Outro assunto relacionado à educação colocado durante o encontro, são os rumores de que o contrato com a empresa que aluga ônibus para o transporte escolar saltou de R$ 5 para o R$ 8 milhões ao ano. Para Claudiney Lima, se isso for fato, acaba com o discurso do prefeito Francis Maris de que a nova frota própria iria gerar uma economia de 50% com o transporte escolar.