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Vereadores contra jornalista
Por por Renato de Paiva Pereira
19/01/2017 - 06:11

Foto: arquivo

Leio namídia local que osvereadores de Cuiabá estão interessados em processar o articulista e jornalista Onofre Ribeiro por sesentirem ofendidos com críticas que ele fez aos digníssimos edis.

 

Para entrar na briga do lado do Onofre,reproduzo parte do que escrevia há poucos dias  neste mesmo espaço sugerindo  que algum  jornal, site ou blog  fizesse uma pesquisa, cujas perguntas sugeridas na época, reescrevo aqui:

 

a)      Os municípios  necessitam  dos  vereadores?   Sim (  )    não (  )

 

b)      Somente para os que responderam sim:  eles ( os vereadores)  precisam ser remunerados?   Sim  (   )    não (  )

 

c)      Só para os que responderam  sim na pergunta b:  qual seria a remuneração justa ?   até  5 mil reais mensais  (  ) ;    5 mil a 10 mil reais (  );    10 mil a 15 mil reais  (  )   Mais de 15 mil como acontece em diversos municípios (  ).

 

Antecipeimeu palpitesobre o possível resultado dessa pesquisa:  80% responderiam que as cidades não precisam de vereadores;  15% diriam que são úteis,  desde que não remunerados;  4,99%  concordariam em uma remuneração menor que  5 mil reais;   0,01% ( vereadores , seus assessores e familiares) opinariam favoravelmente sobre  salários maiores que 15 mil.

 

Minha revolta era contra os aumentos de salários aprovados  pelos vereadores, que chegariam a ganhar mais de 18 mil reais por mês e também revoltado com as notícias do final do ano nas câmaras:50% dos vereadores  de Osasco (SP)  foram presos acusados de contratação  irregular de funcionários, cujo salário dividiam.

 

Em Foz do Iguaçu (PR)  80%  também foram ver o sol nascer quadrado  porque recebiam   verbas mensais,  para aprovarem projetos do  executivo.

Em outro artigo escrevi que os vereadores são muito parecidos com os lavadores de para-brisas de carros nos semáforos, só que com muito poder: empurram um serviço que a maioria não quer e cobram caro por ele.

 

Ofereço meu pescoço para algum eventual processo, junto com o Onofre,  iniciando uma campanha para tirar o salário e os assessores particulares dos vereadores.

 

Primeiro, conforme mostra a experiência  de  Estocolmo na Suécia  não há  necessidade de assessores particulares. Basta a câmara ter um corpo técnico (funcionários concursados)   especializado  em administração pública e conhecimento  suficiente para orientar e ajudar os parlamentares na elaboração das leis.

 

Também, como em Estocolmo,  os vereadores não deveriam recebersalários. Todos podem ter empregos ou ocupações normais e serem remunerados somente pelos dias que se dedicassem ao serviço público, digamos, uma vez por semana.

 

Sugiro a escolha dos representantes do povo da  seguinte maneira: Dividimos Cuiabá em 100 regiões. Cada uma delas elegeria  3 representantes ou líderes de bairros. Em seguida esses 300 seriam reunidos por2 dias semanais  durante um mês ( cerca de 60 horas)  para aprenderem sobre política (não partido), finanças públicas, ética, administração de cidades etc.

 

Terminada essa etapa seria escolhido  por sorteio1 de cada região  para compor a câmara na legislatura em questão. Cada um continuava no próprio serviço, dedicando um dia por semana à vereança e recebendo remuneração por esse dia afastado do trabalho normal  (muito parecido com o padrão da Suécia).

 

Renato de Paiva Pereira é empresário e escritor

 

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