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Combustíveis:alta chega às bombas
Por Diário de Cuiabá
05/12/2014 - 07:48

Foto: ilustrativa

Demorou, mas chegou! A alta sobre a gasolina, autorizada desde o dia 6 de novembro pela Petrobras – válida também ao óleo diesel -, foi represada, mas veio em dose mais amarga e trouxe a reboque correções sobre o litro do etanol hidratado. No meio dessa semana, alguns postos reajustaram em R$ 0,30 o valor do litro na bomba para os dois combustíveis. Com o novo movimento das revendas, o litro da gasolina que estava em cerca de R$ 2,99 subiu para R$ 3,29, alta de 10%. Já o etanol, passou de R$ 1,99 para R$ 2,29, 15% mais caro.

Em novembro, a Petrobras autorizou reajuste de 3% à gasolina e de 5% ao óleo diesel, nas refinarias. Depois de quase um mês segurando o repasse do novo valor, alguns postos, especialmente da BR Distribuidora, lançaram a diferença para o consumidor.

Com esse novo valor, o motorista passará a desembolsar R$ 15 a mais por cada 50 litros abastecidos. A R$ 2,99 por litro, o custo é de 149,5. Já a R$ 3,29, são R$ 164,5.

Assim que a alta chegou às distribuidoras, na semana seguinte ao último dia 6 de novembro, o litro da gasolina foi a R$ 3,19, mas quem aumentou voltou atrás e retornou aos R$ 2,99 por litro, como fez um posto da BR Distribuidora, localizado na Avenida Fernando Correa, praticamente embaixo do viaduto. Mas a retenção custou caro. A alta atual do posto é de 10%, muito acima da autorizada pela estatal, que foi de 3%. Conforme o segmento, a alta da gasolina não embute apenas o percentual autorizado a ela, bem como o impacto da alta do diesel, que se reflete sobre o frete do produto, que vem de fora do Estado.

NA RODA - E é justamente o impacto do novo valor do óleo diesel – que em alguns postos da Capital já passa de R$ 3 o litro, mas pode ser encontrado em média a R$ 2,79/2,89 – sobre o frete, é que justifica, segundo os revendedores, a alta imposta ao valor do litro do etanol. Com a majoração, o combustível voltou ao mesmo patamar de valor registrado entre Cuiabá e Várzea Grande até março desde ano, ainda na entressafra da cana-de-açúcar. “A gente repassa o que vem da distribuidora”, disse um frentista.

Conforme o diretor executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), Jorge dos Santos, o boletim do segmento é divulgado às segundas-feiras e na última edição do informativo que traz os preços médios adotados pelas usinas, não houve majoração no nível que se observa no varejo. “Houve uma correção em função da alta do óleo diesel, já que além do frete, o segmento utiliza o combustível na colheita”.

Com a alta de 15%, a competitividade do etanol sobre a gasolina começa a ser ameaçada. Em razão da relação custo-benefício, a vantagem do etanol existe até o limite de 70% do valor da gasolina, acima disso, em função de uma maior queima, o derivado do petróleo é mais competitivo. Na comparação com os novos preços – R$ 2,29 ao etanol e R$ 3,29 à gasolina – o preço do hidratado na bomba equivale a 69% do derivado de petróleo, índice próximo do limite.

Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipétróleo/MT) não cabe à entidade avaliar os reajustes que estão ocorrendo nas revendas, já que o mercado é livre para definir preços e cada estabelecimento tem uma planilha de custos única e que determina a necessidade de margem de lucro de cada um.

PROCURA – Nem todos os postos reajustaram o preço da gasolina no começo de novembro, e, tão pouco o valor do etanol nos primeiros dias desse mês. Muitos ainda comercializam o litro do hidratado a R$ 1,89 e R$ 1,99, e a gasolina a R$ 2,89 e R$ 2,99.

 

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