Francis e Leonardo admitem unir após as eleições
Por Jornal Expressão
29/07/2012 - 14:36
Embora confiantes na vitória, os dois principais candidatos a prefeito de Cáceres admitem que, independente do resultado das urnas, poderão se unir e juntar os programas de governo, no sentido de resolver os problemas de Cáceres. “Após a nossa eleição vamos chamar o nosso adversário e todas as demais lideranças tanto políticas quanto empresariais para somar com o desenvolvimento de Cáceres” afirmou o candidato do PMDB Francis Maris Cruz. “Temos que pensar Cáceres. Após a nossa vitória vamos convidar o nosso adversário para juntos colocar em prática os projetos de crescimento da cidade” garantiu o candidato do PSD, doutor Leonardo Albuquerque.
A campanha, pelo menos, por enquanto, tem sido de alto nível. O clima de cordialidade se verifica, constantemente, quando os candidatos se encontram em reuniões ou atos públicos como, por exemplo, o realizado na noite da última quinta-feira, no parque de Exposições. Na oportunidade, Francis fez questão de cumprimentar e abraçar o doutor Leonardo. “Temos que acabar com o ranço político que acontecia em outros tempos, em Cáceres. Temos que discutir no campo das ideias. A população quer saber de projetos de governo e não brigas políticas” enfatizou o peemedebista. “Nós somos adversários, não inimigos. O que defendemos e o bem de Cáceres. Creio que será vitorioso, o candidato que apresentar a melhor proposta” adverte Leonardo.
Além dos candidatos do PMDB e PSD, a reunião promovida pelo juiz Eleitoral da 6ª Zona, Geraldo Fidelis Neto e o promotor Eleitoral, Samuel Frungillo, realizada no parque de Exposições, contou com a participação do candidato do PT, Edson Penha Mendes, candidatos a vereador, advogados, assessores e jornalistas. Na oportunidade o juiz realizou ampla explanação sobre crimes eleitorais e propaganda eleitoral. Deixando claro o que é ou não permitido por candidatos e a imprensa na campanha eleitoral. Sanaram duvidas, e alertaram que irão agir com rigor com os que não respeitarem as regras.
Dentre os vários temas alguns chamaram a atenção. Por exemplo, a participação de mototaxistas na campanha e o uso de cavaletes em espaços públicos. O juiz disse que os mototaxistas, por serem prestadores de serviço público, estão proibidos de fazerem propaganda e transportar eleitores no dia da votação. Lembrou que na eleição anterior houve casos desta natureza que resultaram em punições rigorosas. Geraldo Fidelis ressaltou que com a popularização dos celulares com câmeras filmadoras, a Justiça Eleitoral ganhou um importante instrumento para combater este tipo de crime.
“Se alguém filmar e nos apresentar uma denúncia, não tenham duvidas, o candidato beneficiado será severamente punido”, alertou. Em relação aos cavaletes que expõem propagandas em áreas publicas como canteiros, que foram proibidos por uma Lei Municipal, o juiz disse que eles serão permitidos porque a Lei Eleitoral se sobrepõem a Lei Municipal. “Se eles estiverem dentro do que estabelece a legislação poderá ser usados”. Advertiu que a propaganda em sites comerciais são vedadas, porém os jornais online poderão divulgar matérias jornalísticas e a agenda dos candidatos, desde que elas não configurem promoção. “Os leitores e eleitores tem o direito de saber como anda o dia a dia dos candidatos e suas atividades”, ponderou.
O juiz disse que em função da Lei da Propaganda ser muito restritiva, ele e o promotor Samuel Frungilo não pretendem promover qualquer tipo de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Segundo o magistrado, os partidos, em comum acordo, têm autonomia para isso. Alertou para a normativa que vigorará este ano, que estabelece a declaração antecipada dos doadores de campanha. Disse que elas devem ser feitas de 6 de agosto a 6 de setembro. Antes, isso era exigido apenas nas prestações de contas.