Hospital São Luiz e Regional de Cáceres são considerados "bem administrados", mas o repasse dos recursos do SUS está atrasado
O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Marco Bertulio, apresentará nesta quarta-feira (22.04), atual situação dos contratos, recursos humanos e aquisições das Organizações Sociais contratadas pela SES, e a situação dos Hospitais Regionais de Sinop e Alta Floresta.
A apresentação será feita durante a reunião extraordinária do Conselho Estadual de Saúde (CES-MT), convocada especificamente para que o secretário pudesse tornar público o relatório com a situação encontrada pelas equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) durante auditoria realizada no início deste ano.
“Estamos trabalhando de forma a colocar tudo às claras. Não há melhor bactericida que o sol, e por isso estamos abrindo todas as janelas para que a luz entre e limpe tudo. E nesta reunião do Conselho vamos apresentar o trabalho que nossas equipes realizaram no início do ano, e mostrar o que elas encontraram”, afirmou o secretário Marco Bertulio.
O evento está previsto para ter início às 14h, no Hotel Fazenda Mato Grosso.(Assessoria)
Segundo o site RDNews, a tendência é que os hospitais de Sinop e Alta Floresta, administrados pela Fundação de Saúde Comunitária de Sinop e pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde, respectivamente, sejam retomados pelo Governo, uma vez que a administração feita pela OSS não vingou. Uma das soluções para tentar sanar o problema é que os consórcios intermunicipais assumam a responsabilidade pela gestão das unidades.
Entretanto, outros hospitais, por exemplo, de Rondonópolis, Cáceres e Sorriso, que também são comandados pelas OSS, devem ser mantidas em razão de funcionarem bem. Essas unidades são administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo, Associação Congregação de Santa Catarina e o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, respectivamente.
Nota do Diário de Cáceres: Em Cáceres, a previsão é que o atendimento médico e internações do SUS parem amanhã,22, no Hospital São Luiz, pois os médicos estão sem receber os salários de fevereiro e março. Eles já comunicaram à direção do hospital que irão parar. O diretor da instituição, Onair Nogueira, por sua vez, comunicou a possível paralisação ao MPE, Secretária de Saúde do Estado e do Município, Câmara de Vereadores, Central de Regulação, Escritório Regional de Saúde. A reportagem tentou uma resposta junto à assessoria de imprensa da SES sobre o atraso nos repasses do SUS, mas não obteve resposta.
Mais uma vez (eles pararam em dezembro, também por falta de pagamento)médicos pediatras, obstetras, clínicos gerais e cirurgiões, além de atendentes do Hospital São Luiz, em Cáceres, ameaçam suspender as atividades por falta de pagamentos. Com a paralisação, ficam mantidos apenas os atendimentos de emergência, não havendo internações, consultas e cirurgias eletivas.
O hospital realiza, em média, 600 internações, 750 consultas e 250 cirurgias eletivas, pelo SUS, mensalmente, segundo informou o diretor. “Infelizmente, os prejudicados serão os pacientes mais humildes que necessitam de atendimento pela rede pública, já que a maioria dos atendimentos do hospital é pelo SUS”, afirmou um médico. Considerado o maior da região, o hospital São Luiz atende pacientes de 23 municípios e até de Rondônia e da Bolívia.