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Cáceres:canil de farejadores está atuando há dois anos e tem 10 animais
Por Diário de Cáceres
29/09/2015 - 18:53

Foto: sgto Medeiros

Apreensão de 11 tabletes de pasta base de cocaína e 61 mil dólares, enterrados em uma chácara na região de Jauru. O trabalho do Gefron teve a participação da labradora Pink, que, com mais nove cães, integra o Canil de Farejadores, localizado anexo ao prédio do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC). “Ela localizou a droga em poucos minutos”-conta o sargento PM Dirlei Correia Medeiros, que estava participando da operação com os companheiros Vaz e Rodrigues, cabos da Polícia Militar e componentes da guarnição do canil. A equipe estava dando apoio do Grupo Especial de Fronteira, o Gefron.

O canil funciona em Cáceres há dois anos. O projeto se arrastou por algum tempo, e foi, na época, uma luta encampada pelos maçons locais e pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis, na época, da Vara de Execuções Penais da comarca de Cáceres.

Hoje, o canil  tem seis labradores e quatro pastores belgas de malinoar. Uma cadela trabalha na busca e resgate. Entre suas funções, está o resgate de pessoas que estão se afogando, ou perdidas em matas e escombros. Sete animais trabalham  farejando de drogas, e dois no ataque –na contenção de meliantes.

Na época da inauguração do canil,  juiz Fidelis ressaltou que a conquista foi fruto de um trabalho conjunto e destacou a importância do canil para uma região emblemática como a de fronteira, no que tange ao narcotráfico. “Os cães irão auxiliar os trabalhos da Policia Federal, Policia Rodoviária Federal, Exército e a Marinha e do Gefron. Com certeza, é um grande passo no combate às drogas”-disse ele.

A capacidade de um cão farejador:

 

Graças às extraordinárias capacidades sensoriais do cão, em particular a do olfato, o animal pode ser utilizado em tarefas muito variadas, algumas delas, realmente, inesperadas. Assim, existem cães farejadores, meteorologistas e, até, geólogos. Alguns estão sendo treinados para encontrar obras de arte roubadas outros, em grande número para detectar drogas camufladas em bagagens e cargas.
O prodigioso olfato do cão tem sido uma das características destes animais mais utilizadas pelo homem há séculos. O seu sentido olfativo é, surpreendentemente, cerca de mil vezes superior ao dos seres humanos. Portanto, tenta-se aproveitar eficazmente esse maravilhoso órgão biológico de detecção, o nariz do cão.

A ideia de se utilizar os cães para a detecção de tóxicos, remonta à época da guerra do Vietnã durante a qual, o consumo de heroína entre os soldados norte-americanos causou graves problemas.
O cão rastreador deve ter várias qualidades. Deve ser um bom cão cobrador, dar provas de ter uma grande resistência física e estar dotado de potentes qualidades olfativas. Também deve sentir paixão pela brincadeira, pois esta é a base do treinamento. Depois de ter aprendido a responder à chamada do dono, andar a passo, sentar-se e ficar quieto, o jovem cão aprende as primeiras lições especializadas brincando com a droga... mas sem que isso acarrete algum problema para a sua saúde.

Em um saco de nylon introduzido num tubo de PVC, um dos materiais mais duros, coloca-se um pouco de maconha. O tubo em questão, tampado nas suas extremidades e com minúsculos buracos, é envolvido numa folha de poliuretano e depois em um tecido de algodão, para que se pareça o mais possível, com os brinquedos para cão. Acostumado ao cheiro da droga, o cão deve encontrar o seu brinquedo favorito escondido de uma maneira cada vez mais difícil; nos assentos, nos faróis ou no filtro de ar de um automóvel.
Para o cão, o rastreamento é apenas uma excelente ocasião para brincar com o dono.
Mesmo quando a droga estiver numa caixa hermeticamente fechada, através do material desprendem-se moléculas de ar portadoras do seu odor, e mais ainda se o pacote esteve numa atmosfera com a temperatura muito alta. O cão experiente pode, inclusive, detectar a droga num lugar tão insuspeitável como por baixo de 30 centímetros de azeite, numa cisterna de água ou um saco de especiarias. Na alfândega dos aeroportos, por exemplo, o cão explora a uma velocidade incrível, qualquer equipamento, pacote ou veículo.

Os traficantes de drogas, assim que constataram a eficácia deste novo método de busca, experimentaram diversos meios para despistar o cão. E a busca perdeu eficácia durante um tempo devido à pimenta, aos alhos, à cebola ou às bombas de mau cheiro.., com que se impregnavam os objetos que levavam a droga. Mas os treinadores organizaram cursos mais complexos para acostumar o cão a todos esses odores até torná-lo quase infalível.
As duas raças de cães que os profissionais preferem são o Pastor Alemão, de treinamento fácil e flexível, utilizado peles polícia e pelas alfândegas, e o Retriever do Labrador dotado de um faro excepcional, uma robustez a toda a prova e uma excepcional paixão na busca. Na realidade, trata-se menos de raças particulares do que de um tipo de cão. Os "farejadores", estão dotados de um olfato incomparável e sabem utilizá-lo. Em certos casos prefere-se o Labrador porque é um animal resistente e de tamanho menor que o Pastor Alemão. Introduz-se mais facilmente pelos celeiros e pelos sótãos. Sociável, brincalhão e hábil, o Labrador é um cão doce, equilibrado e muito receptivo.
(informações site Dog Times)

 

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