Profissionais que atuam na rede pública estadual paralisaram as atividades em todo o Estado no dia de ontem, como forma de cobrar do Governo mais investimento na educação. Uma greve geral da rede estadual não foi descartada pela categoria, que paralisa novamente em outubro. 

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Estado (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento, essa é uma das formas de chamar a atenção do poder público para a “crise que se instala na educação”. 

“A situação é caótica dentro das unidades, o que a gente vê do lado de fora, não condiz com o que está dentro. As unidades não estão acompanhando as mudanças da sociedade, não é mais um espaço moderno”, destacou. 

Para o professor, as escolas públicas não estão mais sendo um ambiente privilegiado, que acompanhe a evolução da sociedade. “As escolas deveriam ser esse ambiente, mas hoje em dia só se escuta falar da falta de condições de trabalho”, disse. 

No próximo mês, estão marcados dois dias de paralisação, nos dias 22 e 23. Foi lembrado ainda que na rede estadual, os trabalhadores já estão em “estado de greve”. 

O DIÁRIO entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Por nota, foi informado que o órgão tem cumprido com todos os compromissos assumidos com os profissionais da educação. 

“Mesmo diante da crise econômica que atinge o país, com reflexos em Mato Grosso, o governo mantém a proposta de cumprir a categoria com 100% dos reajustes anual, fixado em 6,22% dos quais de 3,11% foram pagos em maio e o restante na folha de novembro”. 

Foi informado ainda que as perdas deste período serão quitadas para os profissionais efetivos da educação em janeiro e no caso dos servidores contratados, em dezembro, devido à finalização do contrato temporário. 

“Vale acrescentar que a Seduc tem respondido sobre todas as demandas apresentadas pelo Sindicato, que representa a categoria. O secretário de Educação, Permínio Pinto, reafirma que continua a disposição para dialogar com os profissionais da educação”.