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O homem é dono do que cala e escravo do que fala?
Por por Maria Aparecida Teixeira Campos de Oliveira
14/10/2015 - 10:45

Foto: arquivo

O artigo tem como meta evidenciar os males que sobre nós se abatem de forma a nos deixar doentes ao professarmos palavras torpes, muitas vezes nos matando.  Esses males nos  conduzem a escolha de dois caminhos:  mansidão ou escravidão.

Como proceder no comando de nossa língua? Qual atributo deve se considerar imprescindível a um falar que edifique  tanto a nós, quanto aos nossos semelhantes?

A Bíblia, enquanto Manual do Comportamento Humano tem parâmetro para tudo que um ser criado por Deus precisa, em todas as áreas de nossa existência aqui e além daqui.

Usamos na direção deste escrito a Epístola Universal de Tiago. Composta por cinco capítulos. Esta carta discorre também e precisamente no tocante aos problemas danosos que podem  ocorrer ao mau uso da língua, no processo da comunicação entre os humanos.

A língua a que nos referimos é no sentido literal. Sua definição na ciência  é de um órgão, considerado como muito sensível e curioso no ser humano. A flexibilidade que ela apresenta é devido aos seus dezessete músculos. São esses músculos os responsáveis na realização das múltiplas e importantes funções, tais como: mastigação, deglutição, paladar e a fala.

A língua é no corpo, tanto dos animais quanto no do humano, o único que possui um conjunto de músculos  voluntários, que lhe somam fortaleza , a ponto desta nunca se cansar! Coberta por uma mucosa rugosa formada por inúmeras elevações diminutas, denominadas de papilas, as quais, dependendo de sua localização, permitem detectar com maior precisão certos estímulos, tais como sabores... Quer mais informações, amado leitor?

A língua humana mede aproximadamente dez centímetros e vamos descrever dez das suas peculiaridades: tem poder de  curar mais rápido, com mais de seiscentos tipos de bactérias, em um milímetro de saliva e podem existir até um milhão de bactérias, músculo mais forte e mais flexível de todo o corpo, acomoda cerca de cinquenta por cento das bactérias em sua superfície, possui três mil papilas gustativas, é a única parte do corpo com sensores de gosto, a língua tem impressões diferenciadas, assim como as impressões digitais. Nas mulheres a língua é mais curta ( Imagine se fosse longa) e nos homens ela é maior e quando limpa, com um raspador, ajuda a prevenir ataques do coração, pneumonia, nascimentos prematuros, diabetes, osteoporose e infertilidade nos homens. ( Fonte Metamorfose Digital).

 No nível da espiritualidade ao adentrarmos a epístola de Tiago vamos encontrar o poder que há na língua no curso da fala: que poderá nos libertar ou escravizar. Você decide!

“ A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade; a língua está posta entre os membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” ( Tiago 3. V. 6).

Caro leitor, a língua é um pequeno e importante elemento no processo da fala. Por isso devemos dosar de ponderação quando falamos, para que não venhamos cair nos cárceres da iniquidade eterna, devido ao peso de nossas palavras não se somarem às danosas sujeiras próprias da língua. Com as pífias consequências em torno do que comunicamos nesta nossa passagem por um mundo de provas e expiações. Policiemos a nossa língua! E para quase tudo, que nos compete opinar, que nos lembremos do dito popular: o silencio vale ouro! 

A opção é sua: ou se cala com sabedoria ou fala imprudentemente! Por que é impossível de uma mesma boca proceder a bênção e a maldição.

“ Porventura  deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água salgada?” ( Tiago 3 v. 11).

Segundo o discípulo de Cristo em foco, no texto em curso afirma que: “ o mal da fala é próprio do mentiroso e do invejoso”, conforme explicita: “ Mas se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade...Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” ( Tiago 3: v. 14 e 15 ).

Se for latente o que descreve o apóstolo irmão de Jesus que: “ a verdadeira sabedoria é a que vem do alto ( dos Céus de Deus), portanto, pura, depois pacífica, também moderada e tratável” (Tiago 3. V.17). O apóstolo discorre com veemência, que procedendo, no uso da fala, com esses requisitos está declarada a misericórdia ( o amor de Deus em nossos miseráveis corações) e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia!

Conscientizemo-nos  de que  “o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé” ( Tiago 2. V. 24 ). “ ...Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obra é morta” ( Tiago 2: 25 ).

E continua Tiago: “ Irmãos, não faleis  mal uns aos outros. Quem fala mal de um irmão, fala mal da  Lei, e julga a Lei: e, se tu julgas a Lei, já não és observador da Lei, mas juiz... Há só um legislador que pode salvar e destruir, tu porém, quem és, que  julgas a outrem? ( Tiago 4: 11 e 12 ).

Não somos nada! Não passamos de cinza e pó na presença  do Criador.  “Mas agora vos gloriais em vossas presunções!”  “Toda a glória tal como esta é maligna “. ( Tiago 4: 16 e 17 ).

Se toda a carne é como a erva, e toda glória do homem como a flor da erva. E essa erva seca caindo a flor. Podemos não mais interrogar, conduto afirmar: sim, o homem é dono do que cala e escravo do que fala.

*Maria Aparecida Teixeira Campos de Oliveira. Casada. Natural de Crato- Ceará. Graduação plena em história pela URCA- Universidade Regional do Cariri -1988, pós- graduada em Fundamentos Tóricos e Metodológico da Prática Docente- Univar- Universidades Unidas do Vale do Araguaia- Barra do Garça MT - 2000. Especialista em Psicopedagogia pelo Instituto Cuiabano de Pesquisa- 2002. Escrevi para o Jornal A GAZETA DO VALE DO ARAGUAIA-  Barra do Garças - MT. 1700 Artigos de cunho opinativo os quais me conferiam o título de cidadã barra-garcense com unanimidade de aprovação na Câmara de Vereadores  e uma Moção de Aplauso por parte do então vereador Celso Martins  Shpor. Tenho um livro de literatura religiosa: Encontrei-me com Deus e outro que coordenei junto À Escola Coopema: Povo Brasileiro.

 

 

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