Casos de dengue em Mato Grosso aumentaram em 56% em relação ao ano passado. Dados da Secretaria de Estado de Saúde em boletim epidemiológico divulgado ontem apontam que, até o último dia 04 foram registrados em todo o Estado 25.911 notificações da doença. No mesmo período do ano passado as notificações chegaram 14.489. A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Conforme o boletim, a incidência dos casos de dengue acumulada em 2016 está em 690 casos para cada 100 mil habitantes. O relatório confirma ainda que mais de 61% dos municípios, 87 cidades no total, estão com alto risco de contaminação da dengue.
Diante do aumento de casos, a Secretaria de Saúde reforçou o alerta para a intensificação de ações de prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e do zika vírus aos 141 municípios mato-grossenses.
O boletim mostra quatro casos graves de dengue com sinal de alarme, sendo três em Campo Novo do Parecis e um em Sorriso. Onze municípios apresentaram casos graves da dengue. Foram quatro óbitos já confirmados por dengue, um caso em Juína, um em Sinop, um em Tangará da Serra e um em Cuiabá. Uma morte em Aripuanã segue em investigação.
O relatório mostra ainda os números em relação ao zika vírus e febre chikungunya, doenças transmitidas também pelo mosquito Aedes aegypti. Quanto aos casos suspeitos de vírus da zika, foram 22.530 nos seis primeiros meses deste ano. No ano de 2015, foram notificados 9.488 casos suspeitos. A incidência neste ano é de 690 casos a cada 100 mil habitantes.
Os dados mostram ainda que mais de 86% das cidades mato-grossenses, 122 no total, já notificaram suspeitas da febre do zika vírus. Em relação a classificação de risco, 88 municípios, o que representa 62,4%, estão com alto risco da doença. Quinze estão com risco médio e outros 21 têm baixo risco de contaminação da doença.
Já a febre chikungunya, são 1.254 suspeitas da doença, com uma incidência de 38 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2015, os números de casos foram de 324. Três municípios são classificados com alto risco da doença.
PREVENÇÃO – A orientação da Secretaria de Estado de Saúde para prevenção das doenças continua sendo a de acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças.
A orientação é de cada um faça “o dever de casa”, já que 80% dos criadouros estão nas residências. Evitar acumular água em vasilhas e vasos de plantas, lavar bem as caixas d'água, deixar o lixo em lugares tampados, entre outras medidas são formas de prevenir os criadouros e consequentemente as doenças.