Juiz revoga liminar que proibia o Jornal Oeste de divulgar releases de candidatos majoritários
o site é do jornalista Gonzaga Júnior
Por Diário de Cáceres
03/09/2012 - 20:15
Após realizar uma reunião com todos os meios de comunicação e com a coordenação dos três candidatos a prefeito em Cáceres, o juiz eleitoral da 6ª Zona. Geraldo Fidelis, revogou a liminar concedida no final de semana em favor da Coligação Cáceres O Futuro Começa Agora, que entrou com representação contra o site de notícias Jornal Oeste acusando o mesmo de ser parcial e publicar com mais espaço e maior ênfase as matérias da Coligação Cáceres Rumo ao Desenvolvimento.
A liminar não chegou a ser cumprida porque o jornalista responsável pelo site, Chuenlay Marques (Gonzaga Júnior) não foi encontrado para ser notificado. Como o fato ocorreu no final de semana, com o juiz tendo analisado apenas os documentos apresentados por uma das partes, ele se decidiu pela liminar até que pudesse ouvir a outra parte.
Hoje, no entanto, reuniu toda a imprensa e ouviu a opinião de cada um. Todos, sem exceção, acharam a medida extrema, afirmando que a liberdade de imprensa é um direito constitucional que não pode ser violado. Os jornalista, especialmente os responsáveis por sites noticiosos, explicaram que todos publicam os mesmos releases produzidos pelas assessorias das campanhas, e que uma coligação mostra bastante produção, enquanto as outras não.
Após ouvir jornalistas e coordenadores, o juiz revogou a liminar, reconhecendo que a mesma seria um equívoco. "Cada um tem o direito de analisar e publicar o que decidir. Cabe às coligações a produção do material". A jornalista Ligya Lima, da coligação Cáceres Rumo ao Desenvolvimento, afirmou que é paga para produzir, "e é o que faço"-disse ela-"acompanho todas as ações do candidato e escrevo e encaminho os releases. Quanto a publicação, cabe a cada órgão de comunicação decidir". Já os representantes da coligação Cáceres O Futuro Começa Agora reconheceram que tem produzido pouco, enquanto o representante do PT informou que nem tem jornalista contratado e que depende de colaboradores.
No final, a reunião ficou lavrada em ata assinada por todos, com a decisão que a liberdade de imprensa é soberana e que, desde que não violem a lei eleitoral, os meios de comunicação tem livre arbítrio para decidir o que e sobre quem publicar.