Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
MT:economia depende de dez cidades
Por Marianna Peres
15/12/2016 - 08:18

Foto: Ilustrativa

Mais de 50% da economia mato-grossense foi gerada em dez cidades do Estado. Pelo menos esse foi o retrato feito pelo IBGE ao apresentar ontem os dados da publicação anual Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2010-2014. Dos R$ 101,23 bilhões do PIB estadual de 2014, R$ 59,31 foram gerados em dez, dos 141 municípios, que apresentaram o PIB daquele ano, sendo oito deles, com a economia totalmente atrelada ao agronegócio. 

Como detalha o IBGE, dos 30 maiores PIBs do Centro-Oeste, Mato Grosso conta com dez municípios no ranking, seleção essa liderada por Brasília, cujo valor em 2014 foi de R$ 197.432,059. Representando um terço do PIB da região, o Estado mantém a ‘lógica’ da economia local, liderada pela capital, Cuiabá, seguida pelo polo agroindustrial Rondonópolis, Várzea Grande, Sorriso, Sinop e as outras cidades inteiramente dependentes do agronegócio: Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis. Juntas somam PIB de R$ 59,3 bilhões. 

Cuiabá apresentou PIB de R$ 20,52 bilhões e Várzea Grande, em terceiro no ranking local, R$ 5,90 bilhões. As duas cidades são as únicas que ainda diversificam a economia agregando valores advindos de setores como serviços, comércio e indústrias. Já Rondonópolis (R$ 11,66 bilhões) e as demais cidades com intensa relação com o agronegócio, recebem na formação do PIB o valor adicionado da atividade símbolo da região. No caso de Sorriso, por exemplo, maior produtor de soja e milho do país, de um PIB total de R$ 4,43 bilhões, R$ 938,11 milhões vieram como valor agregado somente deste setor. 

Conforme a publicação a participação do valor adicionado bruto total em relação ao Brasil no período passou de 1,5% para 1,8%. Entre os destaques dessa atualização anual da economia mato-grossense está o PIB da Capital, que ao somar R$ 20,52 bilhões passou a ser o 16º do país entre as capitais. Considerando a renda per capita das capitais do Centro-Oeste, Cuiabá exibe a segunda maior, R$ 35.666,92, para um universo de 575 mil habitantes, atrás apenas de Brasília. 

Ainda entre as maiores rendas per capitas, agora em nível nacional, em um ranking de 100, Mato Grosso se destaca com 10 municípios, todos eles tem em comum a atividade agropecuária como principal fonte de geração de renda e empregos. A cidade com a melhor posição segue sendo Campos de Júlio, localizada no noroeste do Estado, importe produtor de milho safrinha e soja. Na 15ª posição do país e com uma população estimada em 5.969 habitantes, a renda média foi calculada pelo IBGE em cerca de R$ 158.964,42 por habitante. Integram o ranking ainda, pela ordem, Santa Rita do Trivelato com per capita de R$ 132,59 mil, Alto Taquari R$ 95,19 mil, Reserva do Cabaçal R$ 83,88 mil, Diamantino R$ 82,48 mil, Sapezal R$ 81,54 mil, Paranaíta R$ 81,43 mil, Ipiranga do Norte R$ 78,91 mil, Santo Antônio do Leste R$ 73,12 mil e Itiquira R$ 71,68 mil. 

Em outra análise do IBGE, dos 100 maiores municípios em relação ao valor adicionado bruto da Agropecuária, Mato Grosso tem 18 representantes, além de Sorriso, o terceiro maior do país, com PIB adicionado de R$ 938,11 milhões, estão na ordem representando o Estado: Sapezal (R$ 845,95 milhões), Campo Novo do Parecis (R$ 811, 32 milhões), Diamantino (R$ 800,90 milhões), Campo Verde (R$ 746,20 milhões), Nova Mutum (R$ 617,85 milhões), Primavera do Leste (R$ 565,66 milhões), Lucas do Rio Verde (R$ 484,24 milhões), Campos de Júlio (R$ 433,23 milhões), Nova Ubiratã (R$ 404,70 milhões), Itiquira (R$ 387,28 milhões), Querência (R$ 365,56 milhões), Alto Taquari (R$ 364,64 milhões), Barra do Bugres (R$ 363,61 milhões), Tangará da Serra (R$ 318,03 milhões), Paranatinga (R$ 307,62 milhões), Tapurah (R$ 299,69 milhões), Santo Antônio de Leverger (R$ 285,98 milhões), Canarana (R$ 276,79 milhões). 

BRASIL - A agropecuária é majoritária na economia de mais de um quinto dos municípios brasileiros. A atividade respondeu por mais da metade da riqueza gerada por 1.135 dos 5.570 municípios em 2014, o equivalente a 20,4% deles. No ano, 652 municípios (11,7%) respondiam por metade do valor adicionado da agropecuária no País. A maior participação foi de São Desidério, na Bahia, que teve participação de R$ 1,7 bilhão. 

 

Carregando comentarios...

Meio Ambiente

Pesca:Estado apreendeu 3,6 toneladas

13/12/2016 - 19:30
Educação

Unemat mira atividade agropecuária

13/12/2016 - 19:29