Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Prefeitura de Cáceres notifica Ibama para resolver obstrução da Baia de Cáceres
Por assessoria
21/09/2012 - 09:31

Foto: Joner Campos
A prefeitura de Cáceres remeteu na manhã desta quinta-feira, 20, um oficio acompanhado de fotos, a Superintendência do Ibama, sobre a obstrução da Baia de Cáceres, que ocorreu em decorrência de uma enxurrada provocada por uma forte chuva que caiu na cidade na tarde de quarta-feira, 19, após 92 dias de estiagem. A medida foi determinada pelo prefeito Túlio Fontes, porque a Baia e o rio Paraguai são de jurisprudência federal e qualquer intervenção no local só poderá ser feita com autorização do órgão que há dois anos não possui mais unidade na cidade. O grande volume de água que desceu pelo Córrego Sangradouro, levou detritos que se misturaram aos sedimentos, que vedou a Baia enfrente a Praia do Daveron, localizada no centro da cidade. Durante uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 20, na sede da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sematur), ambientalistas, biólogos e representantes do Ministério Publico Estadual, Exército, Marinha, Sema e especialistas da Unemat, IFMT e da Colônia Z2 de Pescadores, coordenados pela prefeitura e pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA), concluíram que é preciso fazer uma dragagem emergencial para desobstruir a Baia, porém também é preciso dragar as baias que estão acima para aumentar o fluxo de água. O Biólogo da Unemat, Claumir Muniz, que atuou por vários anos como Biólogo da prefeitura, afirmou que há algum tempo o município já identificou e apontou medidas para evitar o que ocorreu. Ele lembrou que esteve junto com técnicos da Haiphar, responsável pela manutenção da Hidrovia Paraguai/Paraná, vistoriando o trecho até a Baia Comprida, por onde entra a água do rio Paraguai, que alimenta o complexo de baias que margeiam a área central de Cáceres. O Biólogo disse que a solução apontada pelos especialistas, para evitar o assoreamento, seria a dragagem da entrada da Baia e o aprofundamento do leito das baias do Malheiros e de Cáceres até sua desembocadura no rio Paraguai. A proposta, segundo Claumir Muniz, foi informada aos órgãos federias competentes que até hoje não se manifestaram sobre o assunto. O pescador José Maria da Conceição (Juca), concordou com a sugestão e afirmou que se não houver uma grande dragagem, as baias podem secar. A presidente do CONDEMA, Nelci Loghi concordou com as sugestões, porém sugeriu que sejam criadas uma série de ações para prevenir impactos desta natureza no rio e suas baias. Desde 2009, a prefeitura de Cáceres vem discutindo a questão, sobre tudo porque há fortes indícios que a redução do fluxo de entrada da água nas baias elevou a velocidade de um trecho rio Paraguai que está provocando uma gigantesca erosão que se não for contida, pode provocar em pouco menos de cinco anos pode romper a BR 070 que liga o Sul ao Norte do país. O prefeito Túlio Fontes, por duas oportunidades foi a Brasília e trouxe técnicos do DNIT para verificar a questão, mas nenhuma providência foi tomada.
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