Tributo a Sofhia
Por por João Arruda
30/09/2012 - 10:34
Irradiante, simpática, bonita adjetivos merecedores de Sophia Leite, todavia não são suficientes para retratar essa mulher tão querida , mas ela não está mais entre nós. Logo Sophia, amava esta terra como ninguém, nascida aqui oriunda de família genuinamente pantaneira, e por isso traduzia na pratica o que o cacerense tem como principais adjetivos a amizade e a hospitalidade. Sophia tinha o pedal como uma atividade rotineira.
Nas manhãs, nas primeiras horas e ao raiar de um novo dia não era difícil encontrar com Sophia Leite fosse na Rua da Maravilha; Coelheiros; na Getulio Vargas, Santos Dumont pedalando ainda com brisa tímida lhe tocando a face. E , assim se sucedia dias após dias, ela chegou a ser escolhida para produção do Globo Reporter este ano, exatamente pelo saudável habito de pedalar.
Desde ontem 29 de setembro de 2012 essa importante figura cacerense não está mais entre nós. De agora em diante a saudade será eterna. Sem entrar no mérito do que ocasionou o fatídico acidente que inesperadamente levou a nossa gentil conterrânea, algumas coisas merecem reflexões. Não era escuro, nem tampouco neblina, serração ou mesmo era um breu, ao contrario era dia de muito sol, uma pista larga, numa cidade em que um dos principais meios de transporte é senão outro a bicicleta, não podemos engolir sem questionar a essa brutalidade monstruosa sem maiores explicações.
Os acidentes desde muito cedo aprendi assim como os riscos são inerentes a vida. Mas numa terça a noite no casarão esse individuo protagonista do violento acidente juntamente com outro repórter desta cidade chegou acelerado nesse mesmo automóvel preto a um bar do calçadão em alta velocidade. Foi até a mesa onde estavam um medico de nome Rodolfo ( ex tenente R-2) e um candidato a vereador e além de um outro motorista profissional, logo veio o repórter fumando cigarro mãos tremulas e olhos acermelhados, num único gole o tal cinegrafista sorveu o todo o liquido de cerveja que já estava servido para outra pessoa... em seguida disse.. “temos muito trabalho, a cama está pronta, vamos ..vamos pessoal” conversa em códigos devido a minha presença observada pela figura do reporter. Dava as ordens aquela pessoa de aparencia sombria, com cabelos raspados, aparentando 50 anos e com trajes joviais bem como gírias de pouco uso a pessoas educadas.
Não se trata de invenção as nossas citações, além dos garçons várias pessoas presenciaram as autoridades se assim quiserem basta recorrer ao circuito de imagens do bar do calçadão, comprovarão o que aqui afirmamos sobre esse personagem (individuo), o carro e o repórter local que naquela ocasião estava sem mascara e demais amigos de jornadas noturnas nada edificantes que estavam juntos, as imagens também comprovarão o grau de agitação do sobredito cinegrafista, igualmente o seu fiel escudeiro o tal repórter.
Mas isso é coisa para a quem direito investigar fato é que Sophia Leite não está, mas entre nós.Não merecia pela sua trajetória tem esse final de vida.
Doravante a curva da Getulio com Posto Triangulo como de resto os demais logradouros por onde graciosamente ela pedalava não terão mais o charme daquela ciclista passando quase sempre seguindo em direção a Feira Livre com sorriso na face. Ela foi colhida precocemente por alguém que em desabalada carreira buscava não se sabe o quê, talvez com a meta de vencer a eleição para seus patrões sem se importar a que custo e a que preço ignorou procedimentos cautelosos ao se aproximar de pedestres e de ciclistas. Lamentável Sophia e Jaqueline Santana (esta ultima ainda em recuperação) sofreram as conseqüências danosas da ganância que em alguns casos permeiam a mente de alguns seres humanos.
Pois no dia em que o governador Silval Barbosa esteve em Cáceres, ambos esse mesmo cinegrafista e o repórter, por muito pouco na contramão não trombaram com outros veículos em frente a Regata, no cruzamento das Ruas Coronel Faria com a José Dulce, nesse caso também as imagens podem comprovar essas minhas escritas. A exemplo de ontem (29/09) tamanha era a pressa desses sujeitos.
Os dois se mostravam agitados, trêfegos,ansiosos não se sabe a que preço a que custo essa – digamos - “sangria desatada” daria. Jamais alguém por mais pessimista e agoureiro admitiria que Sophia pagasse com sua vida a inconseqüência, a imprudência desse agitado cinegrafista. Logo Sophia exemplo de vida, exemplo de bons costumes, exemplo das boas praticas de exercícios físicos para saude.
Muitas vezes o coração transbordando de maldade e de ódio se cegam as vistas, a sede de poder acaba levando o ser humano a se transformar em maquinas teleguiadas em muitos casos provocando uma tragédia dessa dimensão. Uma pena.
Aos familiares de Sophia, Cida, Conceição, Aroldo da Luz; Maria; Petrônio, Lao Silva; Andréia nossas condolências, pois trazê-la de volta somente nas lembranças dessa pantaneira tão amável, tão especial cuja vida sempre norteada pelos bons hábitos e de virtudes incomparáveis.
Descanse em paz Sophia seus conterrâneos, colegas de trabalho, amigos parentes enfim a cidade está perplexa entristecida com o ocorrido. João Arruda segue ainda por aqui rabiscando textos rogando a Deus pela recuperação de Jaqueline Santana, pois faltam poucos dias para se encerrar o pleito que a partir de ontem (29) marcado por um episódio dos mais dolorosos já registrados em Cáceres desde a abertura democrática em 1985, mas afinal aqui está a Oeste de Tordesilhas. A propósito ia me esquecendo Sophia Leite sempre era tratada como nossa Sophia Loren numa feliz comparação a artista italiana. Num dia em que o Brasil perdeu Hebe Camargo, nós cacerenses lamentamos , mas Sophia não está mais entre nós.