O primeiro Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, deve atender 500 animais por ano, com local adequado recuperação e destinação de animais silvestres. O local deve ser inaugurado em 2019.
Outro objetivo é o desenvolvimento de pesquisas e aperfeiçoamento técnico por meio de parcerias com as universidades e a implantação de programas de educação ambiental voltados para a proteção da fauna silvestre, com palestras, exposições e campanhas de conscientização sobre o comércio ilegal de animais.
A obra é uma parceria entre o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), prefeitura municipal de Lucas do Rio Verde, Ministério Público (MPE), ONG Amibem e voluntários.
O Centro de Triagem será construído em um espaço de 1 hectare, dividido entre área aberta e mata. A prefeitura de Lucas do Rio Verde doou o terreno onde está sendo construído o Centro de Triagem e ficou responsável pelo acompanhamento das obras. A verba para a construção foi repassada pelo governo de Mato Grosso para o executivo municipal.
Os animais resgatados ou entregues voluntariamente em Mato Grosso são destinados provisoriamente para os recintos mantidos pela Sema no Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA).
Procedimentos
Os centros de triagem são apoiados e supervisionados pelo Ibama por meio de termos de cooperação técnica. A finalidade é receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar animais silvestres provenientes da ação de fiscalização, resgate ou entrega voluntária.
Assim que chegar ao Cetas o animal passará por avaliações clínica, física e comportamental. Com base nestas avaliações serão submetidos a destinação imediata ou a quarentena. Neste último caso ficará em isolamento no Cetas para que doenças preexistentes possam ser detectadas.
Já a destinação imediata poderá ser por meio de soltura ou cativeiro. A soltura é o procedimento preferencial caso se constate que o animal poderá sobreviver e se adaptar em vida livre e que a espécie é de ocorrência natural no local. Se o animal tiver alguma alteração física ou comportamental passara por procedimento de reabilitação.
Estruturação
Além da área específica para os animais, berçário e áreas reservadas aos primatas com um hall protegido para alimentação e viveiro cercado em tela metálica, o Centro de Triagem de Animais Silvestres também terá em sua estrutura residência do caseiro e depósito para armazenar materiais e ferramentas necessárias para a manutenção do centro.
O Cetas terá área para triagem, laboratório, farmácia, escritório, cozinha e instalação sanitária acessível a pessoas com deficiências ou limitações físicas. Salas para palestras e aulas de conscientização ambiental também fazem parte da estrutura.
O projeto prevê ampliações na área de tratamento para suprir o aumento da demanda de atendimento a esses animais no futuro.