Os professores e servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) aprovaram a greve geral da categoria numa assembleia geral realizada em Cuiabá nesta segunda-feira (20). A paralisação começa na próxima segunda-feira, dia 27 de maio.
Os servidores exigem que o governador Mauro Mendes (DEM) deixe de promover as medidas que vem adotando para recuperação das contas públicas do Estado, dentre elas, o “congelamento” da Revisão Geral Anual (RGA) – um reajuste constitucional, previsto nos vencimentos dos servidores, que repõe nos salários os índices da inflação do ano anterior. Também consta da pauta dos servidores o cumprimento da chamada “Lei da Dobra do Poder de Compra” (nº 510/2013), que equipara os vencimentos dos servidores da educação aos dos demais profissionais de mesmo nível que atuam no Poder Executivo de Mato Grosso.
Após a definição pela greve, os servidores ligados ao Sintep-MT realizam um ato público em Cuiabá na tarde desta segunda-feira. Eles saem em caminhada da escola estadual Presidente Médici, onde ocorreu a assembleia, até a Praça Alencastro, na Capital.
Em vídeos que vem sendo postados na página do Facebook do Sintep-MT, o presidente do Sindicato, Valdir Pereira, esclarece que os servidores não irão aceitar a “pauta de retiradas de direitos”, tanto em nível estadual quanto federal. “Não aceitaremos a retirada de direitos enquanto essa for a pauta dos Governos tanto do Estado de Mato Grosso quanto Federal”, disse ele.
Na assembleia geral desta segunda-feira, uma das servidoras que tomaram a palavra no encontro foi a Coordenadora do Fórum Sindical e dirigente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat), Edna Sampaio. Na mesma linha do presidente do Sintep-MT, ela também destacou que há um “projeto” em Mato Grosso, e também no Brasil, para retirar direitos dos trabalhadores, bem como recursos da Educação, sob uma alegada “crise” de falta de recursos. “A Educação é a mola propulsora da nossa sociedade. Ela move os desejos das pessoas. Neste momento em que há um Governo Federal e um Governo Estadual alinhados a um projeto de destruição de exclusão ainda maior dos direitos da classe trabalhadora, não é a toa que é a justamente a área da educação que se ergue contra esse projeto”, ressaltou ela.
Esta a primeira greve de uma categoria específica da gestão do governador Mauro Mendes, que chegou ao comando do Poder Executivo de Mato Grosso em janeiro deste ano.