A empresa Pró-Saúde, administradora do Hospital São Luiz, demitiu por “justa causa” por “denegrir a imagem do hospital”, a enfermeira Marta de Almeida que denunciou uma série de supostas irregularidades, praticada na unidade. Entre elas, risco de contaminação de funcionários e pacientes, pelo Covid-19; Equipamentos de Proteção Individual – EPI inadequados, perseguição de funcionários e má qualidade da alimentação.
A denuncia foi feita pela enfermeira na semana passada. Em um vídeo, postado nas redes sociais, Marta contou em detalhes, as supostas irregularidades.
Entre elas, chamou a atenção à revelação de que, vários funcionários que trabalham nas UTIs tratando de pacientes por coronavírus, são designados para atender na recepção, colocando em risco de contaminação pacientes e demais pessoas que vão a unidade para tratamento de saúde. E, ainda que os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs são inadequados para o trabalho. E, a alimentação servida é a base de “ossinho ensopado, fígado e bucho”.
A demissão da enfermeira ocorreu na tarde de segunda-feira. Ela disse que foi chamada no Departamento Pessoal e lá chegando, foi informada, pelo gerente de enfermagem conhecido por “Diego” que estava sendo demitida por justa causa por ter denegrido a imagem do hospital. Diego, segundo ela, é o mesmo que já teve vários desentendimentos com funcionários. E que “pelo menos três funcionários já registraram ocorrência policial contra ele”.
A enfermeira diz que irá recorrer junto a Delegacia do Trabalho para receber os direitos trabalhistas. Ela foi admitida no hospital, há 15 anos, em 2005. Ela se diz frustrada porque, mesmo denunciando, uma série de abusos e irregularidades praticadas pela empresa, nenhuma autoridade, se manifestou em tomar quaisquer providências. “Infelizmente, não temos a quem recorrer. A polícia não se manifesta e a Câmara se cala, resta agora só o Ministério Público”.
O Hospital, em nota enviada à redação, informa que a demissão se baseou em critéios técnicos. Veja: