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Secretário defende ações do Gefron: 'Se atirar de lá para cá, vai ter bala daqui para lá'
Por Bianca Fujimore/Mídia News
01/10/2020 - 16:15

Foto: reprodução

O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, defendeu policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Gefron (Grupo Especial de Fronteira) que recentemente mataram suspeitos durante troca de tiros em Cuiabá e na divisa com a Bolívia.
 
A declaração foi dada nesta quarta-feira (30), quando Bustamante foi questionado sobre três confrontos - dois envolvendo o Gefron e homens que seriam índios chiquitanos, e um entre o Bope e suspeitos de planejar um roubo na Capital.
 
Na fronteira, seis indígenas foram mortos em um mês, gerando revolta nas autoridades bolivianas e ongs de direitos humanos.
 
Em Cuiabá, foram seis homens mortos em um confronto no Bairro Itamaraty. Eles estariam prestes a cometer um grande assalto na região, segundo as investigações.
 
“Independente se é índio, branco, negro, chiquitano...Traficante que atirar em polícia vai levar bala de volta. E é assim que está acontecendo na fronteira”, afirmou o secretário.
 
Bustamante disse ainda que nenhuma das pessoas mortas em confronto com o Gefron na região da fronteira era inocente.
 
“Nenhuma dessas vítimas aí estava carregando flores. Todas estavam carregando cocaína. As apreensões são na ordem de 400 quilos, 500 quilos. E cada um faz o julgamento que acha certo”, disse.
 
O secretário também afirmou que está acompanhando as investigações sobre as mortes e fez um alerta para criminosos que atuam na região de fronteira.
 
“Toda vez que alguém quiser fazer confronto com a segurança, entenda que nós estamos bem armados e preparados. Se atirar de lá para cá, vai ter bala daqui para lá”.
 
Bope
 
Em relação às mortes pelo Bope na Capital, Bustamente foi questionado a respeito da tese do advogado de um dos sobreviventes de que os suspeitos teriam sido executados.
 
Bustamante rebateu. "Eu acredito muito na competência dos nossos profissionais. Ali não tinha nenhuma criança. Se você me explicar o que eles [os suspeitos] estavam fazendo ali, todo mundo junto, armado, em um carro blindado... Deveria estar indo para algum piquenique".

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