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Leonardo, Eliene e Odenilson se reúnem nesta terça com direção da Pró Saúde em Cáceres
Por Sinézio Alcântara
30/11/2020 - 18:01

Foto: assessoria

Hoje, a reunião foi com o governador, na busca de soluções para o Hospital São Luiz

 

Representantes dos governos municipal, estadual e federal se mobilizam na busca de soluções para evitar o fechamento do Hospital São Luiz e, automaticamente, deixar sem atendimentos médicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), milhares de pessoas de toda região. Na manhã desta segunda-feira (30/11), o governador Mauro Mendes se reuniu com o deputado federal doutor Leonardo e a prefeita eleita Eliene Liberato para discutirem o problema.

            “Não existem soluções prontas e nem fáceis. Mas, estamos todos, o governo, o município e a direção da empresa Pró- Saúde que administra o hospital buscando uma forma de solucionar o problema e evitar o fechamento do hospital que deixaria milhares sem atendimentos médicos pelo SUS em toda região” afirmou o deputado doutor Leonardo.

            A exemplo do governo, o parlamentar enfatiza que o Estado mantém os repasses financeiros do SUS ao hospital, em dia. E que, infelizmente, o problema é ocasionado em razão da Pró-Saúde não dispor de “robustez” financeira para garantir os atendimentos durante o processo de transferência dos recursos, que dura em média até três meses. E, que, na maioria das vezes, o atraso ocorre por questões burocráticas de responsabilidade da própria empresa.

            “Os repasses do Estado à empresa estão em dia. Os atrasos de dois até três meses são normais em se tratando de serviços públicos. Ocorre que, a empresa não dispõe de robustez financeira para manter os atendimentos durante esse período. E, geralmente, por questões burocráticas de sua responsabilidade, porque não consegue enviar toda documentação necessária à Secretaria de Estado de Saúde, dentro do prazo hábil”.

            Além de a reunião com o governador na manhã de hoje, no período da tarde, desta segunda-feira, será a vez de os técnicos da Secretaria de Saúde se reunir com representantes da Pró-Saúde para definir detalhes para solução do problema. E, amanhã (terça-feira) à noite, o deputado doutor Leonardo se reunirá em Cáceres, com diretores da empresa. Assim, como em Cuiabá, a proposta é buscar soluções para o impasse.

            O deputado explicou que, dificilmente, o Estado irá gerir o Hospital São Luiz, conforme sugere o Ministério Público Estadual. Diz que, embora a unidade hospitalar seja filantrópica ela é privada. “Não vislumbro condições para que isso (intervenção estadual) aconteça. Mesmo o hospital sendo filantrópico a empresa é privada. Não podemos exigir que ela deixe o hospital”.

Situação Caótica 

As deficiências estruturais, administrativas e financeiras que assolam o Hospital São Luiz, administrado pela empresa Pró-Saúde, já levaram, inclusive, o Ministério Público Estadual (MPE) solicitar possível intervenção do Estado, na unidade. O promotor Rinaldo Segundo enviou na semana passada um “despacho” ao Escritório Regional de Saúde, solicitando a realização de estudo para a possível intervenção.

O MPE sugere na proposta que o Escritório Regional de Saúde, elabore um estudo quanto a possibilidade ou não de intervenção. Caso seja confirmado o caos que tomou conta da unidade, nos últimos meses, o Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES) passe a gerir a administração do hospital com a finalidade de se buscar a garantia do atendimento dos serviços de saúde pública à população.

A situação vivenciada no hospital, nos últimos tempos, beira ao caos. Os médicos afirmam que estão com salários atrasados há mais de 5 meses e ameaçam suspender os atendimentos se até o próximo dia 6 de dezembro não for efetuado o pagamento.

Os demais servidores – enfermeiros e técnicos – somente na semana passada receberam os salários relativos ao mês de outubro. O pagamento foi efetuado depois que ameaçaram paralisar as atividades. As informações são de que, além do atraso no pagamento dos salários, faltam na unidade, equipamentos e medicamentos básicos para tratamento de pacientes.

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