O sistema de monitoramento climático que dá apoio a operação da Energisa em Mato Grosso registrou mais de 601 mil descargas elétricas no estado em apenas três dias. A inversão climática foi causada por uma mudança na circulação de vento, associada a chegada de frentes-frias ao centro-oeste, que trouxeram junto temporais e ventos.
O climatologista e professor da UFMT, Rodrigo Marques, estuda o clima na região há anos e explica com mais detalhes esse fenômeno. Segundo o especialista, a alteração do tempo acontece por causa da troca de estações, do inverno para o verão. No entanto, quanto maior for a diferença entre o ar frio que chega e o ar quente que já está no lugar, mais forte é o vento e a chuva gerados. Para exemplificar, Cuiabá registrou na última quarta-feira (08/09), a maior temperatura do mundo no dia, 42,6ºC. Ou seja, um impacto brutal.
“O que se deve ter atenção é a força dessa mudança climática. Ter chuva é normal. Ter tempestade o tempo todo não. Mas esse é um evento que precisa ser estudado melhor. Agora é importante dizer que essas condições de calor entrando em choque com a umidade, geram nuvens com grandes extensões, criando temporais”, destacou o climatologista.
A mudança no tempo impactou a rede elétrica. A Energisa Mato Grosso registrou 3.700 ocorrências em três dias, mais que o dobro do volume normal verificado. Por causa disso, a empresa entrou em situação de contingência, uma força-tarefa de todos os setores para atender aos chamados.
“A gente está trabalhando dia e noite em regime diferenciado pra todos serem atendidos de forma rápida. Algumas regiões preocupam mais porque são de difícil acesso. Árvores inteiras caíram sobre a rede e os raios danificaram alguns equipamentos, mesmo com todo sistema de proteção que nós temos. Mas é importante dizer que nós priorizamos e redirecionamos nossos reforços para atender a falta de energia”, explicou o gerente de Operação da Energisa Mato Grosso, Thiago Martins.
A região de Sinop foi a mais afetada, com condições climáticas severas em cidades como Alta floresta, Paranaíta, Matupá, Nova Guarita, Nova Santa Helena e Novo Mundo. Nesta área o volume de ocorrência foi quase quatro vezes maior que o normal. Mas também há pontos de atenção nas regiões metropolitana e de Rondonópolis.
“O plano de contingência redobra as equipes de forma estruturada para situações como essa. O objetivo é garantir o maior número de equipes para o atendimento de interrupções no fornecimento de energia, destacou Thiago Martins.
Redobrando atenção às podas
Por causa da volta da chuva, a vistoria e poda da vegetação são essenciais. O gerente de construção, manutenção e distribuição da Energisa, Roger Gissoni, explica que a companhia faz podas preventivas quando os galhos estão próximos a fios.
“Além de manter a rede elétrica funcionando corretamente, as plantas longe dos fios também são uma questão de segurança. Em alguns casos pode ocorrer curtos-circuitos, rompimento de cabos e até mesmo energizar a árvore, aumentando o risco de acidentes. E esse cenário fica ainda mais perigoso em dias de chuvas e ventania”, destacou Roger.
Em caso de necessidade de atendimento, é importante que os clientes entre em contato com a Energisa pelos canais oficiais:
- Call Center: 0800 6464 196
- Site: www.energisa.com.br
- WhatsApp (Gisa): (65) 99999 7974
- Aplicativo Energisa On