A notificação do primeiro caso de sarampo, em uma criança de 5 anos, moradora do município de Tangará da Serra criou alerta na população mato-grossense. A doença infecciosa aguda, grave e altamente contagiosa, pode evoluir com complicações e óbito, atingindo principalmente as crianças de até cinco anos. Manter a vacinação em dia é a principal indicação de prevenção das autoridades de saúde.
O professor do curso de medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Tiago Rodrigues, explica que a pandemia da covid-19 pode ter interferido na busca pela vacinação contra o sarampo. Além disso, os boletins epidemiológicos divulgados apontam baixa na procura durante o período de isolamento social. “O que deve ser feito agora, é vacinar. Estamos falando de um vírus extremamente contagioso e a nossa principal arma de defesa, é a imunização”, diz.
No mês de maio, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) iniciou a campanha de vacinação contra a doença, com a vacina tríplice viral, que foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1992, com o objetivo de controlar os surtos de sarampo, reduzir internações, complicações e óbito.
Tiago avalia que a imunização da população é o que permitirá interromper a circulação ativa do vírus no estado. “O vírus se mantém em circulação, trazendo a capacidade de causar a doença. Portanto, a vacina tem o objetivo de diminuir esse risco, protegendo a população”, completa.
Sintomas
O sarampo causa, principalmente, febre; manchas na pele, que começam na cabeça e descem até os pés; tosse; irritação nos olhos; secreção nasal ou entupimento do nariz. “Este é o período de maior transmissão, que pode durar de cinco a seis dias. É importante evitar o contato com outras pessoas e buscar orientação médica o quanto antes”, orienta o infectologista.