O uso do chamado “vaper”, cigarro eletrônico “modinha” entre jovens e adolescentes, pode levar ao desenvolvimento de doenças vasculares que podem ter, como complicação, a amputação de membros. Quem diz isso é o cirurgião vascular Nasser Mahfouz. No Brasil, a cada hora, estima-se que três pessoas sofram amputações de membros inferiores. “As pessoas que têm esse hábito precisam parar de fumar hoje.”
Presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional Mato Grosso, Nasser conta que o tabagismo é o grande vilão das doenças vasculares e com o cigarro eletrônico não é diferente. A inalação do vapor, misturado a outras substâncias, pode agredir e estimular o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e obstruções arteriais. Um grande risco para a saúde.
“Estão aparecendo alguns estudos já mostrando complicações nessas pessoas jovens. Esse vapor quente, que está entrando no organismo, além de existir outras substâncias também, está causando malefícios. Não só a nível pulmonar. Isso também a nível sistêmico. Esse vapor que entra nos pulmões vai parar em outras áreas do organismo levando ao comprometimento vascular”, explica.Em entrevista ao Repórter MT, o médico Nasser Mahfouz também explicou as causas de o país ter registrado 245 mil amputações de membros nos últimos 9 anos e o aumento de 50% dos casos durante o período de pico da pandemia da Covid-19. Além disso, também explicou como o tratamento pode ajudar o paciente a ter uma vida normal.
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