Pelo menos 119 pessoas morreram afogadas em rios de Mato Grosso no último ano, conforme dados do Corpo de Bombeiros. De janeiro a dezembro, 26 ocorrências de afogamento foram registradas em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana, e outras 93 no interior do estado. Deste total, 11 pessoas ainda continuam desaparecidas e não tiveram os corpos localizados. De acordo com o major Eneídes Martins, do Corpo de Bombeiros, o excesso de bebida alcoólica e a imprudência são as principais causas de afogamento. O número total de vítimas é superior ao que foi registrado em 2011, quando 103 pessoas se afogaram. No comparativo, houve redução de mortes na Grande Cuiabá, que registrou 26 afogamentos em 2012 contra os 43 do ano anterior. Já no interior as ocorrências aumentaram passando de 60 (2011) para 93 no último ano. O Rio Cuiabá, na região do Coxipó, é o local que mais registra afogamentos, segundo os bombeiros. Na lista também está o rio Araguaia, Rio Verde, Teles Pires, Rio das Mortes. A área metropolitana de Cuiabá possui 4.910 metros de praias que são frequentadas por um público maior entre os meses de julho e outubro. Todos os anos, nesse período, o nível das águas dos rios é mais baixo e é a fase em que o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso registra mais ocorrências de morte por afogamento de banhistas. Outro problema, de acordo com o Corpo de Bombeiros, é que em muitos casos a pessoa que vai prestar socorro não tem preparo e acaba de afogando também. A recomendação é que em caso de afogamento, uma pessoa que não tem treinamento específico não deve se arriscar. Conforme informações do Corpo de Bombeiros, alguns cuidados são fundamentais para diminuir o risco de afogamentos. O primeiro é evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar na água. O outro é não perder as crianças de vista nos ambientes em que há água por perto, especialmente aquelas que não sabem nadar devem usar boias e coletes salva-vidas o tempo todo. O acesso a piscinas em residências e clubes deve ser dificultado pela colocação de grades.