Pelo menos 18 pacientes foram diagnosticados com hanseníase no ano de 2022 em Cáceres. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde. O número é considerado relativamente baixo, levando em conta, os 1.778 diagnósticos registrado em todo Estado, no mesmo período.
Em razão do fechamento do Hospital O Bom Samaritano, referência regional no tratamento de doenças tropicais – hanseníase, tuberculose e leishmaniose – a secretaria, atualmente, orienta para que as pessoas com sintomas da doença procurem uma unidade de saúde do bairro em que mora.
Além da orientação e esclarecimentos, a saúde do município, realiza uma campanha alertando sobre a prevenção e cuidados para cura da enfermidade.
Nela a secretaria ressalta que a “Atenção Primária à Saúde (APS) possui caráter primordial para obtenção dos melhores resultados terapêuticos e, consequentemente, impacto positivo na diminuição da carga da doença no Brasil, ofertando diagnóstico precoce e tratamento farmacológico imediato. Assim como o encaminhamento ágil e adequado ao atendimento especializado”.
O Hospital O Bom Samaritano, foi fechado em 2017, em Cáceres, por falta de recursos financeiros para sua manutenção, porque o governo do Estado, não renovou o contrato com a unidade.
No Estado
Dentre as unidades da federação Mato Grosso, ficou em 2º lugar com o maior número de casos novos da doença na população geral, com 1.778 diagnósticos, ficando atrás somente do Maranhão, com 1.860 casos. O número é menor que em, 2021, quando foram realizados 2.096
É o que mostra “Boletim Epidemiológico de Hanseníase”, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. O levantamento tem como base dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Entre outros dados, mostra ainda que, em menores de 15 anos, o Estado também ocupou a segunda posição em número de novos casos (79).
Em primeiro, novamente, aparece o Maranhão, com 148 casos e, na terceira colocação, Pernambuco (67). Já em 2021 MT foi o Estado que apresentou a maior taxa de detecção geral de hanseníase, com 58,76 casos novos por 100 mil habitantes. Em Cuiabá, a taxa registrada foi de 22,45 casos por 100 mil pessoas.