O autônomo Odair José de Arruda Santos, que asfixiou até a morte a esposa Gilza Andreia Cardoso de Alcântara, foi condenado a 10 anos de reclusão, nesta quinta-feira (23/03) pelo Tribunal do Júri, em Cáceres. Laudos periciais apontam que, a vítima foi estrangulada por trás até desfalecer.
O crime de grande repercussão popular, à época, ocorreu em 9 de junho de 2016, há 7 anos. Gilza Andreia foi morta por volta das 2h no interior de sua residência, no bairro Jardim Padre Paulo. O réu não participou do Tribunal do Júri porque encontra-se foragido.
Testemunhas, inclusive, a mãe de Odair, afirmam que ele confessou a morte sob alegação de que “achou” que a esposa o traia. Imagens do interior da residência, apresentadas aos jurados, no tribunal, mostram roupas e outros objetos esparramados, o que sugere que a vítima lutou antes de morrer.
Representante do Ministério Público, o promotor Marcelo Linhares Ferreira, defendeu a condenação de 20 anos de reclusão, por homicídio qualificado. Porém, a defesa conseguiu desclassificar o homicídio para homicídio privilegiado qualificado, baixando a pena para 10 anos.
A sessão do júri foi presidida pelo juiz Elmo Lamoia de Moraes. O resultado do jurado – formado por 4 mulheres e três homens -, foi de quatro votos a três.
O réu foi assistido pelo Núcleo de Práticas Jurídicas do Curso de Direito da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) formada pelos advogados Marcelo Coutinho Horn e Alécio Colione Júnior, com a participação de acadêmicos do 5º semestre do curso de Direito.