A tradicional Rádio FIPE, que funciona há anos na areá do evento, já está no ar, e, este ano, também está sendo transmitida, ao vivo, no endereço http://www.sistemasonora.com.br/clubfm
Além da tradicional programação musical e de informação, o canal transmitirá podcasts.
A direção é do publicitário José Carlos de Carvalho e integra um projeto cultural que está sob a curadoria dos professores de história da Unemat, Maria do Socorro Araújo e Acir Montechi.
A Rádio está instalada no Museu Emilia Darci Cuyabano, que está sediando a exposição denominada: ‘Do alto falante à rádio digital’, que narra a trajetória de setores da comunicação de Cáceres durante a 40ª edição do Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPE) que acontece de 4 a 9 de julho.
Ela estará aberta ao público, especialmente, no período noturno.
RESGATE
Além de equipamentos de comunicação, a exposição contará com uma réplica , em miniatura, do extinto Cine Copacabana, construída pelo comunicador cacerense Paulo Fanaia. Leia abaixo o seu relato:
'Na década de 1960, o carioca João Deluque, casado com a cacerense Tereza Castrillon, filha de Manequinho Castrillon, decidiu empreender em Cáceres e abrir o Cine Copacabana, concorrendo com a única sala de cinema existente na cidade, o cine Palácio “Poeirinha”.
Deluque trouxe algumas novidades para o público: sorveteira e doces antes e durante os shows. Entre as exibições, Mazzaropi, o Gordo e Magro, Tarzan e os faroestes italianos como o Dólar Furador, sempre atraindo multidões. Em seguida, concertos musicais com cantores da época, como Sérgio Reis, Agnaldo Timóteo, Vanderlei Cardoso e Valdick Soriano, também foram adicionados à programação.
A paixão de João Deluque pelo Fluminense FC era enorme: quando o time ganhava, o proprietário do Copacabana costumava hastear a bandeira do Tricolor das Laranjeiras na sacada da casa onde morava no andar superior do cinema.
Além disso, Cáceres também ganhou seu primeiro serviço de som alto-falante, a cargo do locutor Dito, que se tornou conhecido na cidade como "o homem do alto falante do Copacabana". Após a saída de Dito, o serviço foi assumido por José Carlos de Carvalho, conhecido como Zé da Zoom.
Durante 20 anos, o Cine Copacabana foi o ponto de encontro de várias gerações. No entanto, após a morte de Jezebel Deluque, João Deluque desgostoso, arrendou o espaço para José da Lapa Pinto de Arruda, que também inaugurou o cine São Luiz e o Copacabana passou a ser administrado por Aroldo Fanaia até que João
Deluque vendeu o prédio e definitivamente o fechou, causando tristeza em diversos cinéfilos.'