Quarenta e sete dependentes químicos – 30 homens e 17 mulheres, entre elas uma gestante – foram retirados das dependências da “Vilinha Azul” conhecido ponto de prostituição, venda e consumo de drogas, localizado no bairro Cohab Velha, em Cáceres.

O resgate do usuários ocorreu na manhã desta segunda-feira (4/12) durante demolição do imóvel, por uma equipe da prefeitura municipal. Entre as 47 pessoas, flagradas no local, de acordo com o delegado de polícia Igor Sazaki, foram identificados e presos sete traficantes.

Após a triagem, pela equipe da Secretaria de Saúde, todos foram encaminhados para residência das famílias.

A ação, conforme o comandante do 6º Comando Regional de Polícia Militar (6ºBPM) coronel Ôtoni Cesar Castro, contou com a participação de 100 agentes de segurança das polícias militar e civil, além de agentes das secretarias de Saúde, Ação Social, membros da Igreja Católica.

Em entrevista coletiva à imprensa, após a demolição da boca, a prefeita Eliene Liberato Dias, informou que a ação foi um consenso entre a administração municipal, as forças de segurança, das igrejas e do ministério público, com aval do Poder Judiciário.

“Aquela estrutura servia apenas de teto para aquelas pessoas (dependentes químicos), havia vários abaixo assinados, o prédio estava condenado. Foi uma decisão pensada pela administração, pela polícia e o Ministério Público, de forma legal com apoio da justiça”.

A prefeita fez questão de ressaltar que todos os direitos das pessoas que se encontraram no local foram garantidos.

“Não houve nenhuma violação. Todos os direitos das pessoas foram garantidos” afirmou acrescentando que, para evitar o surgimento de novos pontos de venda e consumo de drogas já determinou uma equipe para notificar todos os imóveis desocupados existentes na cidade para que exerçam seu papel social.

Comandante Regional de Polícia Militar, coronel Ôtonni explicou que, a operação para a desocupação do imóvel foi feita de forma a inibir qualquer ação de resistência dos ocupantes. Revelou que, em média a PM realizava 4 operações semanalmente no local.

“Não houve resistência alguma. A operação em si, contou com a participação de 100 homens, exatamente, para inibir reação e garantir a segurança dos ocupantes” disse assinalando que “a situação chegou num patamar insustentável no local. Todo produto de roubos ou furtos era encaminhado para esse ponto”.

O delegado Igor Sazaki revelou que, além das apreensões de drogas e produtos roubados, encontrados no ponto de venda e consumo de drogas, nos últimos tempos, ocorreram cinco atentados, com quatro usuários, alvejados por armas de fogo e, pelo menos, uma morte no local.

NR-Além da vilinha azul, a casa queimada (ambas na Rua das Opalas) e a lendária casa da banana, localizada na Rua Cel. Ponce, também foram demolidas.

Segundo a polícia, esses três pontos eram frequentados por usuários de drogas e serviam também como esconderijos de produtos roubados e furtados na cidade. (informação de Pedro Miguel, Ripa nos Malandros).