O prefeito de Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá), Alcino Barcelos (Republicanos), afirmou que, neste Natal, não repetirá a proibição às festas, como fez no Halloween em sua cidade, e irá enfeitar as ruas locais. No entanto, a decoração será econômica. Alcino acredita que gastar com "luzinhas" não muda a vida das pessoas e prefere destinar os recursos a ações de infraestrura. O gestor ainda criticou municípios que estão planejando destinar até R$ 500 mil com os adornos natalinos. Em Pontes, o limite para a festividade é de R$ 100 mil. 

"A gente está tentando fazer uma coisa simples, num preço justo e, sinceramente, como prefeito e até como deputado, eu não acho justo uma cidade, às vezes, pequena, com um monte de trem para fazer, não tem ônuibus decente para carregar um aluno, não tem uma ambulância com qualidade, não tem uma Saúde como deveria, com tantas outras prioridades, gastar meio milhão com luzinhas para colocar em árvore, em praça, em poste. Isso não muda a vida das pessoas", falou Alcino à Rádio Conti. 

Barcelos reconheceu que o Natal contribui para a movimentação do comércio local - a data é a mais esperada pelos lojistas -, porém, reiterou a necessidade de aplicar a receita do município em demandas emergentes. 

"Isso contribui com o comércio, melhora alguma coisa, esse espírtio natalino dentro da gente que remete a Jesus, é claro, mas existem outras prioridades e a classe política está sendo renovada para isso. Sendo prefeito, nós temos que ter prioridade na gestão. Vocês vão ver a gente fazendo a decoração, mas vai ser algo em torno de R$ 100 mil. O dinheiro público é sagrado. O dinheiro do povo tem que ser gasto com o povo", justificou o prefeito. 

O gestor foi assunto em veículos nacionais, como o G1 e UOL, quando proibiu as festas de Halloween. Alcino justificava que a data não faz parte da cultura brasileira e era um "culto dedicado aos mortos". O prefeito chegou a ser chamado de "louco" no programa Morning Show da Jovem Pan.

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