Um levantamento da Polícia Civil revela que 100 pessoas que sumiram em 2024 ainda seguem desaparecidas.

Mais de 800 ocorrências de pessoas desaparecidas foram registradas no ano anterior. A boa notícia é que a maioria das vítimas foi localizada. Mas, 100 famílias ainda buscam respostas.

Confira abaixo um perfil das vítimas desaparecidas

Sexo

• Masculino: 78 pessoas
• Feminino: 22 pessoas

Idade

• 12 a 17 anos: 8
• 18 a 59 anos: 70
• 60 anos ou mais: 22

Cuiabá e Várzea Grande, cidades que formam a região metropolitana de Mato Grosso, concentram o maior número de desaparecimentos, com um total alarmante de 97 vítimas.

A investigação da Polícia Civil revelou ainda que o sumiço de 14 pessoas tem ligação com alguma facção criminosa.

Total de casos no ano passado

Conforme a Polícia Civil, um total de 842 ocorrências de pessoas desaparecidas foram registradas no ano passado. 

Desse total, 742 foram localizadas. Desse total, 28 foram localizados mortos.
 

Saiba como ajudar na identificação de pessoas desaparecidas em MT
 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública deu início à segunda fase da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. Em Mato Grosso, a campanha conta com 17 pontos de coleta de material genético, que podem ajudar na identificação de pessoas desaparecidas e na reunificação familiar.

Mato Grosso tem 17 pontos de coleta de DNA para identificar pessoas desaparecidas. (Foto: Reprodução)

Nesta nova fase, profissionais da saúde e assistência social receberão orientações para identificar pessoas acolhidas em hospitais e instituições de longa permanência que não conseguem se comunicar ou que tiveram sua identidade perdida.

O objetivo é ampliar as chances de reconhecimento e encaminhamento adequado dessas pessoas.

Em 2024, 842 ocorrência de desaparecimentos foram registradas nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Acorizal e Nossa Senhora do Livramento. Dessas, 742 pessoas foram localizadas e 100 continuam desaparecidas.

Veja pontos de coleta em MT:

CUIABÁ
Diretoria Metropolitana de Medicina Legal – DMML. Endereço: Avenida Rui Barbosa; n° 484; Bairro Parque Universitário. Telefone:(65)3618-3011/ (65)3618-3012;
Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense – DMLF. Endereço: Avenida Gonçalo Antunes de Barros; n° 3245; Bairro Carumbé; Telefone:(65) 98108-0142.

BARRA DO GARÇAS
Gerência de Medicina Legal de Barra do Garças. Endereço: Rua Independência; n°210; Bairro Centro. Telefone: (66)3401-2216.

ÁGUA BOA
Gerência Regional da POLITEC de Água Boa. Endereço: Rua 02- N° 655 CISC; Bairro Operário; Telefone:(66) 3468-1085.

CONFRESA
Gerência Regional da POLITEC de Confresa. Rua Santo Afonso; n°110; Residencial dos Buritis; Setor Buriti. Telefone:(66)3564-3121.

CÁCERES
Gerência de Medicina Legal de Cáceres. Endereço: Rua Comandante Balduíno; n°2030; Bairro São Luiz. Telefone:(65)3223-1401.

PONTES E LACERDA
Gerência Regional da POLITEC de Pontes e Lacerda. Endereço: Rua Rio Grande do Sul; N° 662; Bairro Centro. Telefone:(65)3266-4156.

RONDONÓPOLIS
Gerência de Medicina Legal de Rondonópolis. Endereço: Avenida Binário Norte;S/N; Bairro Parque Sagrada Família. Telefone:(66)3422-5148.

Clique aqui para conferir lista completa de pontos de coleta espalhados pelo estado.

Como funciona a identificação?

Quando uma pessoa sem identidade conhecida é acolhida em uma instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) ou do Sistema Único de Assistência Social (Suas), o gestor deve acionar o ponto focal da segurança pública local. Esse profissional dará as orientações e encaminhará o caso aos órgãos responsáveis.

O primeiro procedimento para identificação é a coleta de impressões digitais. Caso a identidade não seja confirmada por esse método, é feita a coleta de material genético (DNA), que será analisado e comparado com os bancos de dados estaduais e nacional.

A coleta de DNA também segue protocolos específicos, incluindo o preenchimento de um formulário com informações disponíveis sobre a pessoa acolhida e a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por um representante da instituição responsável.

Etapas da Mobilização Nacional

A campanha de identificação de pessoas desaparecidas ocorre em três fases:

1. Coleta de DNA de familiares – Realizada desde agosto de 2024 em quase 300 pontos de coleta no Brasil, essa etapa segue ao longo do ano.
2. Identificação de pessoas vivas sem identidade – Etapa atual, que busca reconhecer indivíduos acolhidos em instituições de saúde e assistência social.
3. Pesquisa de impressões digitais de falecidos não identificados – Prevista para 2025, essa fase analisará registros biométricos armazenados em cada estado.