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Dois trabalhadores trocam vacinas contra sarampo por carne e são presos na Bolívia
Por O Globo — Santa Cruz, Bolívia
01/08/2025 - 18:13

Caso ocorreu no departamento de Santa Cruz e comprometeu 230 doses da vacina contra o sarampo; país vive surto da doença com mais de 140 casos confirmados

 

 

Dois trabalhadores de uma empresa de transporte foram presos na Bolívia após serem acusados de substituir 230 doses da vacina contra o sarampo por carne bovina. O caso, classificado como “inadmissível” pelas autoridades, foi exposto na sexta-feira (25) pela ministra da Saúde e Esportes, María Renée Castro. A carga adulterada estava sendo levada entre os municípios de San Matías e Ascensión de la Frontera, ambos no departamento de Santa Cruz.

As vacinas faziam parte da campanha nacional de imunização lançada pelo governo boliviano diante de um surto de sarampo que já acumula mais de 140 casos confirmados. O foco principal da ação são crianças e comunidades vulneráveis, mais suscetíveis às complicações da doença.

Segundo a ministra, os dois funcionários romperam o lacre de segurança da garrafa térmica usada para manter a conservação das doses, quebraram a cadeia de frio, essencial para a eficácia das vacinas, e, em seguida, substituíram o conteúdo por carne. A motivação do crime não foi informada.

“Infelizmente, dois funcionários da transportadora contratada adulteraram a garrafa térmica de segurança, quebraram a cadeia de frio e substituíram as vacinas por carne. Um ato inaceitável que coloca em risco a saúde pública”, escreveu María Renée Castro em publicação nas redes sociais.

Ela ainda lamentou o impacto direto à população: “O que mais nos dói é o dano que causaram às nossas crianças, às comunidades mais vulneráveis. Não se trata apenas de vacinas”. Segundo Castro, as doses serão repostas com urgência no posto de saúde da região.

O governo boliviano informou que os envolvidos foram detidos e responderão legalmente pelo crime. A ministra também reforçou o compromisso de manter a campanha ativa: “Nada nem ninguém nos impedirá de lutar contra o sarampo. Continuamos de pé, vacinando, protegendo e salvando vidas.”

 

 

 

 

 

 

 

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