Defensoria Pública informa que pedidos de progressão de pena dos detentos está 'em ordem'
Por Diário de Cáceres
14/03/2013 - 09:00
A Defensoria Pública de Cáceres, através do defensor Marcelo Ramires, visitou a Cadeia Pública na terça-feira,12. Ele ouviu as reivindicações dos presos, que fizeram dois dias de greve de fome, iniciada na manhã de segunda-feira,11. Entre as principais reivindicações, estão a assistência médica na enfermaria da cadeia e a revisão de penas.
Segundo o defensor, como já havia informado o diretor da unidade prisional, Alexandre Vieira, a situação está normalizada. Na terça-feira os presos aceitaram o jantar, encerrando a greve, e ontem quarta-feira, a visita foi normal. Ramires explicou que, sobre a reivindicação de revisão de pena para progressão de regime ou verificação de 'cadeia cumprida', todos os pedidos já foram feitos e estão tramitando, não havendo nenhum caso irregular. Mesmo assim, todas as reivindicações foram anotadas.
A assessoria da juíza Graciene Pauline Mazeto da Costa, da Vara de Execuções Penais da Comarca, também esteve na cadeia ouvindo os presos..
A assistência médica no local depende do município. A cadeia tem capacidade para 195 detentos e abriga hoje mais de 400.
O diretor Alexandre Vieira afirmou que os problemas são vários e que a direção procura dar a solução dentro do possível. "Não há maus tratos e a comida que eles comem, é a mesma que nós, os agentes, comemos".
Alexandre está buscando o apoio do Conselho da Comunidade, entidade que trabalha para dar suporte às ações de ressocialização, para resolver utro problema urgente. A presas da Cadeia Feminina estão sem aula desde a fuga de uma detenta ocorrida na terça-feira. Ela foi recapturada por um policial militar que passava no local assim que pulou o muro. A mulher saiu da sala de aula para ir ao banheiro e conseguiu fugir pelo alçapão. Reinaugurada há poucos meses, a cadeia ficou por mais de dois anos em reforma, mas um ítem básico foi esquecido: o forro da sala de aula e do banheiro é de madeira. A direção da Cadeia agora busca recursos financeiros para colocar chapas de aço no teto dos dois cômodos e poder assim reiniciar as aulas.