O réu Almir Monteiro dos Reis foi condenado a 37 anos de prisão, além do pagamento de 20 dias-multa. O cumprimento começa pelo regime fechado. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado (feminicídio), estupro de vulnerável e fraude processual.
Os crimes foram cometidos contra a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, na madrugada de 13 de agosto de 2023, no interior da residência do réu, em Cuiabá. Ele foi absolvido da acusação de ocultar o corpo da vítima. A juíza determinou que ele permaneça preso e não poderá recorrer em liberdade.
A sentença, de 36 anos de reclusão e 1 ano de detenção, foi proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, após 10 horas e 30 minutos de julgamento, que contou com a oitiva de quatro testemunhas, dentre elas, o delegado responsável pelas investigações e uma perita criminal. O réu também prestou depoimento.
Na fase de debates, atuaram na acusação o promotor de justiça Rodrigo Ribeiro Domingues e a assistente de acusação, advogada Gabrielly Meira Coutinho. Já a defesa foi realizada pelos defensores públicos Fábio Barbosa e Marcus Vinicius Esbalqueiro.
Por se tratar de processo sigiloso e atendendo ao pedido da assistência de acusação, que representa a família da vítima, apenas os profissionais diretamente ligados ao processo acompanharam o julgamento.
Por meio de carta aberta, a família da vítima disse que acompanhou, com serenidade, todo o desenrolar do caso até a realização do julgamento ocorrido anteontem, relativo ao crime que vitimou Cristiane em 2023.
“Confiamos no trabalho da Justiça e entendemos que este é um passo importante para encerrar um ciclo de dor, preservando a memória de Cristiane como mulher, amiga, mãe, filha, irmã e profissional exemplar. Sua vida será sempre lembrada por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la”, destacou.