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Produtor rural quer afastamento de juiz acusado de venda de sentença
Por Sandra Carvalho
24/05/2013 - 13:19

Foto: Pedro Alves
O juiz Paulo Martini, de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) pode ser afastado de suas funções caso o Tribunal de Justiça de Mato Grosso julgue procedente, no dia 20 de junho, a acusação que recai sobre o magistrado de venda de sentença feita pelo jornalista e produtor rural Clayton Arantes. Ele fez ‘manifestação branca’ em frente ao plenário do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para pedir a punição do juiz Paulo Martini, que também é investigado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Um único homem não pode continuar maculando a imagem da Justiça do estado de Mato Grosso e constrangendo todo corpo jurídico deste tribunal, formado em sua maioria por homens e mulheres de bem”, disse o produtor rural, que chegou a fazer greve de fome em outubro de 2011 com o fim de chamar a atenção das autoridades máximas do judiciário para a sua denúncia. Ele afirmou que espera que o juiz seja afastado do cargo e que a sentença dada em 2003, favorável à família Rodrigues, com quem ele disputa mil hectares de uma fazenda em Santa Carmem (a 100 km de Sinop), seja suspenso. A família Rodrigues teria conseguido uma liminar de reintegração de posse há dois meses, retirando o arrendatário da área. Clayton deixou a área em 2009, depois de sofrer ameaças. Ele revelou que nem mora mais em Mato Grosso. “O arrendatário não vai nem ter como me pagar. Ele precisa colher a safrinha de milho já plantada na área”, disse. Clayton contou que era dono da área e vendeu parte da propriedade de 3.300 hectares para a família, com entrada e demais parcelas. Eles teriam pagado apenas a entrada de cerca de R$ 100 mil. “Tinha vendido por 600 e poucos mil, mas a terra valia, no ano passado, R$ 15 milhões”, disse Arantes. “O juiz não pode continuar se valendo de sua função de magistrado para prostituir a Justiça do de Mato Grosso na certeza da impunidade”, disse Clayton Arantes, que volta a Cuiabá para o julgamento do magistrado no dia 20 de junho e disposto a fazer nova greve de fome em defesa da moralização do Judiciário. Paulo Martini não foi localizado pela reportagem para falar sobre as acusações do produtor Clayton Arantes.
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