150 mil estão sem atendimento em 11 cidades de Mato Grosso
Por Midianews
12/09/2013 - 09:42
Cerca de 150 mil moradores dos municípios da região de Juara (664 km de Cuiabá) e Juína (734 km da capital) estão há 60 dias recebendo atendimento precário no posto local do INSS, por falta de perito médico. Entre eles, pelo menos 70 trabalhadores de Juara, que aguardam perícia médica para concessão de auxílio saúde e aposentadoria, entre outros serviços.
De acordo com o sindicato que representa os trabalhadores da construção e mobiliário de Juara (Sintricom), o INSS alega que será preciso fazer concurso para preencher a vaga, mas não tem data definida para o mesmo. “Não fomos informados sobre quando será feito este concurso, nem que tipo de solução será dada pelo INSS até lá. Como as unidades de Juína e Juara atendem aos municípios vizinhos, toda a população destas cidades está sendo lesada”, explicou o presidente do Sintricom, Valmir Aparecido dos Santos.
O posto do INSS de Juara atende também às cidades de Porto dos Gaúchos, Novo Horizonte do Norte e Tabaporã, totalizando cerca de 70 mil habitantes. A unidade de Juara abrange as cidades do Vale do Jauru: Castanheira, Juruena, Colniza e Cotriguaçu e Aripuanã, aproximadamente 80 mil pessoas.
A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (Fetiemt) está reunindo informações para encaminhar solicitação de providências à Secretaria Nacional da Presidência da República, ao Ministério Público do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso (SRTE) e gerência do INSS. De acordo com o presidente da entidade, Ronei de Lima, além de casos extremos como os de Juína e Juara, tornou-se rotina a dificuldade em conseguir atendimento de médicos peritos do INSS.
“É comum que os peritos mandem de volta ao trabalho pessoas sem condições físicas para isso, só para diminuir a carga de pagamentos de auxílio saúde. Esta situação é só mais um exemplo de descaso e má gestão do recurso público”.
Somente a região de Juara reúne 105 empresas da área da construção e do mobiliário, onde está a maioria dos trabalhadores prejudicados