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Lixo da dengue: reincidente pode responder por crime contra a Saúde Pública
Por Diário de Cáceres/Clarice Navarro Diório
23/10/2013 - 15:53

Foto: arquivo
De primeiro de janeiro até hoje, a Vigilância em Saúde do município de Cáceres teve notificados 818 casos de dengue, e registrado um óbito, ocorrido em fevereiro, tendo como vítima da doença uma moradora do distrito Nova Cáceres (Sadia). Com a chegada da temporada de chuvas, a preocupação da Vigilância Sanitária aumenta. O coordenador Josué Alcântara informou que este ano as ações foram modificadas e estão mais rigorosas. "Todos os anos fazemos o trabalho de conscientização, mas parece que as pessoas esquecem que a dengue é um caso de saúde pública que requer o envolvimento e participação de toda a sociedade em seu combate". O índice aceitável de infestação de larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença-índice esse preconizado pela Organização Mundial de Saúde- é de 1/%. Acima disso, já é desencadeado o trabalho de conscientização e combate. Hoje, em Cáceres, s bairros mais críticos são o Vista Alegre, com 8%, seguido pelo Jardim Padre Paulo, com 4.7%; Vitória Régia com 2.7%; Tancredo Neves com 2.6% e Betel com 2.2%. "Este ano a Prefeitura, através da Vigilância em Saúde, está promovendo uma blitz nos bairros mais afetados. Na sexta-feira, com os dados do índice de infestação em mãos, traçamos o cronograma de trabalho para a semana seguinte. Os bairros acima listados serão os primeiros. Num dia da semana, todos os agentes vão para um único bairro. Fazem o trabalho de abordagem e conscientização e também o de identificação e exterminação de criadouros. Quando voltamos e encontramos uma residência onde o proprietário é reincidente, ele é notificado e tem três dias de prazo para limpar o local, retirando o lixo da dengue. Do contrário, é autuado e a situação é lavada ao Ministério Público. A pessoa, no caso, pode até mesmo responder por crime de responsabilidade contra a Saúde Pública". O LIXO DA DENGUE: tudo o que acumula água serve de criadouro para o mosquito se proliferar. Cascas de ovos, tampinhas de garrafas, sacolas plásticas, cascas de coco, de laranja ou outras frutas, garrafas, baldes, e ainda o reservatório de água do imóvel (que deve estar sempre limpo e bem fechado). Agora, os agentes estão agindo com mais rigor: eles vão apontando o "lixo da dengue", ou seja, o material inservível, e eles mesmo vão furando as garras, recolhendo tapinhas, ao mesmo tempo que demonstram e explicam o porque aquele recipiente é um risco. Ações assim são concentradas com toda a equipe em um bairro a cada vez, começando pelos bairros com maior índice de infestação. Mas mais uma vez, eu reafirmo: se a população não se engajar, a dengue vence a luta. É uma ação que deve ser de todos".
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