Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Ceva de onças, perigo ao turista e à população
Por Correio do Estado
17/12/2013 - 06:35

Foto: ILUSTRATIVA
O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul recomendou às Fundações de Turismo e de Meio Ambiente de Corumbá (MS) o fim da prática de “ceva” de animais silvestres no Pantanal Sul-Mato-Grossense. Onças-pintadas estariam sendo alimentadas por empresas de turismo para garantir aos visitantes a observação do animal. A prática configura crime ambiental e pode expor os turistas a sérios ataques. A irregularidade foi denunciada pelo Instituto Homem Pantaneiro, que apresentou vídeos que comprovam a “ceva” das onças - situação que estaria acontecendo também com as ariranhas –, no trecho que vai da parte urbana de Corumbá até Porto Jofre, no Pantanal Norte. Segundo o pesquisador da Embrapa/Pantanal Walfrido Tomás, dar comida aos animais afeta a organização natural da espécie e aumenta os riscos de ataque. “Quando a onça perde o medo da aproximação humana, pode atacar, culminando em graves acidentes”. Na recomendação encaminhada, o Ministério Público Federal orienta a realização de trabalho conjunto entre as Fundações de Turismo e de Meio Ambiente para interromper e coibir a ”ceva” de animais silvestres e alertar as empresas de turismo que a conduta pode resultar em responsabilização administrativa e criminal. Campanha de conscientização também deve ser realizada no município para desestimular a prática ilegal e alertar os turistas dos riscos da atividade. CÀCERES Denúncias similares já circularam em Cáceres, informando que determinados barcos fazem cevas para atrair onças, promovendo o turismo ecológico, onde o turista chega o mais próximo possível do animal para tirar fotos. Na cidade, o filho de um pescador morreu atacado por uma onça, quando acampava com o pai, que pescava iscas. Um funcionário do Ibama foi atacado e sobreviveu, na Estação Ecológico do Taiamã, um turista adolescente de Minas Gerais sofreu um ataque sério no Pantanal, quando foi arrancado do barco por uma onça que pulou na água. Foi salvo pelo piloteiro e teve fraturas grabes. E mais recentemente, mas proximidades da Empa, dois homens conseguiram escapar de uma onça, correndo e entrando em casas da região.
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