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Henry pede transferência e pode trabalhar em hospital
Por Diário de Cuiabá
18/12/2013 - 09:00

Foto: arquivo
O ex-deputado federal Pedro Henry (PP), preso sob a acusação de envolvimento no “Mensalão”, aguarda análise do pedido de transferência para Cuiabá. Entre os motivos está o interesse do Hospital Santa Rosa em contratá-lo como médico. O progressista deve receber hoje as primeiras visitas no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Sua defesa, sob responsabilidade do advogado José Antonio Duarte Alvares, protocolou desde a última sexta-feira (13) o pedido de transferência. No entanto, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, ainda não analisou o caso. Conforme Alvares, o ministro ainda deve pedir um parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, antes de deferir ou não o pedido de Henry. O principal argumento do ex-parlamentar é o de que tem um filho menor de idade na Capital mato-grossense e a prisão em Brasília dificultaria a convivência com ele. Além de pedir parecer da PGR, antes de decidir sobre estes casos, Joaquim Barbosa também tem consultado os estados sobre a possibilidade de receber o preso. O advogado, no entanto, afirma que isso não deve ocorrer no caso de Henry, já que a solicitação foi protocolada com um atestado de que há vagas em presídios de Cuiabá. Henry cumpre pena de 7 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto, quando o detento dorme na cadeia e fica livre durante o dia. Ele também só poderá trabalhar após análise do STF sobre o pedido. Segundo a defesa, além do Santa Rosa, outros hospitais têm demonstrado interesse em ter o ex-parlamentar em suas equipes. Médico, Henry tem três especialidades, fato que, para a defesa, contribuiu para a oferta da vaga. A família do progressista também possui uma clínica hiperbárica no Hospital Santa Rosa. O ex-deputado está preso desde a última sexta-feira (13) sob acusação de ter cometidos os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No mesmo dia, Henry renunciou ao mandato de deputado federal. Em sua carta de renúncia afirma que não participou do esquema de compra de apoio ao governo federal no Congresso entre os anos de 2005 e 2006. Com a renúncia, Henry não poderá ser candidato até 2029. Além da pena de reclusão, ele foi condenado pelo Supremo a pagar multa de R$ 888 mil. Sua defesa deve pleitear o parcelamento do débito. Na campanha eleitoral de 2010, quando conquistou a reeleição, o deputado declarou ter R$ 1,4 milhão em bens. (TA)
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