Servidores das nove unidades do Incra no Estado entram em greve hoje
Por Hiper Notícias
21/06/2012 - 11:18
Os mais de 200 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Estado cruzaram os braços esta manhã (21) e aderiram à greve que já havia sido anunciada na última segunda-feira (18). Entre as revindicações estão a adequação salarial, reestruturação do órgão e maior recurso para o Instituto no Estado.
De acordo com Roosevel Motta, Presidente da Associação dos Servidores do Incra, cerca de 100 servidores do Instituto na sede de Cuiabá estiveram na Superintendência do órgão esta manhã somente para formalizarem a greve e suspenderem todas as possíveis atividades. Além da capital, os municípios de Cáceres e Guarantã do Norte também já estão em greve.
Motta lembra que a greve foi aprovada em assembleia na última segunda e que a principal reivindicação é o reajuste dos provimentos baseada na tabela de adequação salarial, segundo a Lei n° 12.277, que já vem sendo exigido a, pelo menos, dez anos.
A lei criou tabela salarial diferenciada para cinco cargos de nível superior (NS) do Executivo. Dessa forma, os servidores reivindicam para que haja a equalização de todas as tabelas dos servidores de com mesmo percentual de reajuste para servidores de nível intermediário (NI) e auxiliar (NA).
“Na verdade, não queremos simplesmente o aumento, queremos uma equiparidade no acréscimo feito nos salário de todos”, pontua.
Além disso, os servidores em greve exigem alterações da data-base de aumento do salário anual. Segundo Motta, até o ano de 1990 essa data se estabelecia no mês de maio, mas tem 20 anos que isso não acontece. “Queremos que todo ano seja feita uma reforma financeira que é o previsto em lei”, assegura.
Outra reivindicação gira em torno da reestruturação do órgão, tanto em estruturação física e ampliação de quadro de funcionário quanto no maio repasse financeiro ao órgão, pois, de acordo com Motta, as ações do Incra ficam impedidas de serem realizadas. “Só para se ter ideia da falta de condições em que estamos, a sede do município de Carlinda já não funciona mais. É um órgão quase que desativado devido aos recursos que não chegam lá”, assegura.
Durante a paralisação estarão inoperantes os serviços de emissão de documentos, vistorias em assentamentos e serviços de saúde aos integrantes do movimento sem-terra.
No decorrer desta semana, as sedes dos municípios de Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Diamantino, Barra do Garças, São Félix do Araguaia, Carlinda e Colíder também encerraram o funcionamento e aderiram a greve que é por tempo indeterminado até que o governo apresente uma proposta e que essa seja aceita pelos servidores.