As redes sociais contra os buracos
Por Diário de Cuiabá
08/07/2012 - 10:26
Cada vez mais as redes sociais se tornam populares entre pessoas de todas as idades. De início, funcionavam como um meio de manter contato entre parentes e de se fazer novos ou reencontrar antigos amigos. Atualmente, ganham novas funções e se tornaram um dos espaços preferidos para denúncias e reclamações.
Este é o caso da fanpage “Buracos MT” no Facebook (www.facebook.com/BuracosMT), criado pelo publicitário Wagner Rosati, que também trabalha com desenvolvimento de sites. A página traz denuncias referentes à falta de infraestrutura, especialmente, a existência de buracos pelas ruas de Cuiabá.
“Hoje estamos nos aproximando a duas mil pessoas acompanhando nossa página, com um alcance semanal de 30 a 40 mil pessoas, que participam, mandam fotos e compartilham em todo Mato Grosso”, comemora.
Rosati conta que ideia surgiu a partir de sua revolta por conta dos buracos espalhados pela cidade e uma forma de chamar atenção do poder público local. “Estavam sendo constantes as manutenções com o carro e desgaste com os pneus”, comenta.
Ele lembra que há pouco tempo, à noite, aconteceu do carro cair em um buraco e ter sido necessário trocar o pneu, situação que representa riscos para qualquer pessoa.
Rosati entende que falta interesse por parte do poder público em acabar com o problema de buracos, que se espalham especialmente no período de chuvas.
Até por isso, decidiu criar em sua página a campanha “Recapeie, não tapeie”, em alusão a campanha publicitária da administração municipal em que mostra ações de recapeamento das ruas e avenidas da capital. “A campanha quer mostrar que eles vão lá, passam uma massa pela via, mas passados alguns dias os buracos voltam”, critica.
Como resultado positivo, Rosati destaca ainda que tem recebido muito feedback dos seus seguidores, que retornam informando que o buraco foi tampado depois que o BuracosMT publicou na fanpage. Um exemplo, segundo ele, foi uma cratera que surgiu em determinado ponto da avenida Marechal Deodoro. Logo depois de postado na página, o problema teria sido resolvido.
“Não sei afirmar se foi por conta da denúncia na página. Mas estamos tendo boas repercussões e retorno das pessoas que nos acompanham, dizendo que depois que saiu no Facebook o problema foi resolvido”, destaca.