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Incidência de queimadas aumenta 65% no Estado
Por Diário de Cuiabá
23/08/2014 - 08:14

Foto: ILUSTRATIVA

Ainda há grande fragilidade no controle de focos de calor em Mato Grosso e municípios que lideram ranking são praticamente os mesmos

 
O número de focos de calor em Mato Grosso subiu 65% no primeiro mês do período proibitivo de 2014 com relação ao mesmo período de 2013. Entre 15 de julho e 15 de agosto deste ano foram registrados 3.276 focos, contra 1.985 entre 15 de julho e 15 de agosto de 2013. Os dados são do satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com isso, o estado ocupa a terceira colocação no ranking nacional, atrás do Maranhão (que lidera) e do Pará (segundo colocado). 

Neste cenário, cinco municípios mato-grossenses contabilizaram quase mil focos em apenas um mês de vigor do Decreto Estadual que proíbe as queimadas, publicado em 15 de julho deste ano. Os principais são: Campinápolis (216), Colniza (208) e Feliz Natal (175). 

O registro de focos de calor desde o início do ano (01/01 até 15/08), em Mato Grosso, aponta para uma alta de 48%, passando de 6.299 focos registrados em 2013 para 9.324 em 2014. 

A análise dos dados também reforça uma situação que vem se repetindo ano após ano em Mato Grosso: os municípios que lideram o ranking de queimadas são praticamente os mesmos. 

A análise do ranking estadual dos dez municípios que mais queimaram em 2014 em comparação com os dez do ano passado, mostra que os municípios são praticamente os mesmos: sete estão nas duas listas. 

Apesar de o estado possuir um Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas (PPCDQ-MT) os números indicam que ainda há uma grande fragilidade no controle e na redução das queimadas. 

Para Alice Thuault, coordenadora na Iniciativa Transparência Florestal, do Instituto Centro de Vida (ICV), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), coordenadora do PPCDQ-MT, não disponibiliza as informações necessárias para avaliar a implementação do plano. “Ao contrário do que determina a lei de acesso à informação, o governo do estado tem adotado, há tempos, uma postura de não fornecer informações sobre a gestão florestal. Isso abrange não só os dados sobre queimadas, mas também sobre desmatamento e regularização ambiental, entre outros. Isso impossibilita o acompanhamento e a participação da sociedade”, cobrou Alice. 

Na última quarta-feira (20) aconteceu a 4º reunião da Comissão Executiva do PPCDQ/MT cuja pauta principal foi o monitoramento do plano. Para isso, foi apresentada uma lista de quais informações-chave a Sema deveria divulgar semanalmente ao público. A próxima reunião está marcada para o dia 16 de setembro. 
 

 

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