Não é de hoje que milhares de pessoas sofrem com problemas respiratórios devido ao frio e a umidade do ar abaixo dos 60%. Mas, não é só o corpo que sente as mudanças climáticas, os olhos também sofrem com o ressecamento e irritações.
Segundo o Presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e Consultor do Instituto Varilux da Visão, Marcus Sáfady, nessa época do ano o problema visual mais comum é a Síndrome do Olho Seco. “Com a diminuição da umidade relativa do ar, os olhos tendem a ficar mais ressecados gerando, assim, uma sensação de areia, ardor, queimação, olhos vermelhos, lacrimejamento excessivo ou embaçamento”, explica o médico.
Outros fatores que propiciam a contaminação e o desenvolvimento da doença são a permanência em locais fechados e com ar-condicionado, a poluição e exposição constante ao computador são alguns dos fatores que aumentam a incidência da síndrome. “Quando olhamos para o computador, por exemplo, temos a tendência de piscar com menos frequência do que o normal, causando menos lubrificação dos olhos e consequentemente o seu ressecamento”, esclarece Sáfady.
Para amenizar a situação e manter a saúde dos olhos, oftalmologista dá algumas dicas: Uso de um umidificador em casa ou, se possível, no trabalho para ajudar a elevar a umidade do ar; beber muita água diariamente; evitar ao máximo o ar condicionado; ingerir alimentos ricos em vitaminas A e E (importantes na proteção da visão), e Ômega 3 (diminui o risco de degeneração no olho; piscar mais nas atividades no computador. A média ideal é piscar de 6 a 10 vezes por minuto.
Além, é claro, do uso de óculos escuros. "É preciso conscientizar as pessoas que a proteção dos olhos com óculos escuros e o cuidado com os horários de exposição ao sol devem ser permanentes, já que os raios UV estão presentes o ano todo e passam através da córnea, agredindo a retina e o cristalino”, afirma Sáfady, acrescentando que qualquer incomodo ou sinal de inflamação no olho deve-se procurar um oftalmologista. (ConteXtual)