Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Os secretários escolhidos
Por por Wilson Carlos Fuah
01/11/2018 - 14:26

Foto: arquivo

Nenhum governador  pode ser considerado como uma ilha, por isso, dever ter a humildade, e saber aceitar e pedir ajuda, e ter a sabedoria para  saber nomear os seus auxiliares, é a principal ação do seu governo, e que vai muito além de uma simples escolha, porque terá que conviver e confiar naqueles escolhidos, durante toda a sua gestão.

                  O político ao assumir um a administração pública, tem a grande missão de saber escolher a equipe de governo, pois o sucesso da sua administração depende da união de esforços e ações combinadas, e quando essa equipe é coerente, pode mudar qualquer situação que se apresenta, ou salvar vidas no sistema de saúde ou construir complexos sociais para o bem da sociedade, ou promover a paz e distribuir felicidade a todas as pessoas que acreditaram em seu plano de governo, e por isso, terá a grande entendimento, que após a eleição, passa a ser governador de todos.

                Mas, logo após a vitória das eleições, começa a árdua missão de saber escolher os Secretários e os Assessores.

                Fica a pergunta: como você pode receber ajuda de quem você não conhece?

                 Conhecer os auxiliares  e as suas histórias,  são experiências que o  governador  tem que assumir do início ao fim dos seus momentos diários no exercício da sua gestão.

                   Saber quem está ao seu lado é o grande mistério na política, e saber interpretar a sensibilidade e a emoção de cada um, e com pouco tempo de convivência é uma das decisões mais difíceis da sua gestão, saber entender a natureza dos seus auxiliares em toda a sua plenitude, constitui no  momento crucial e que terá  percepção de Deus nas atitudes das pessoas.

                    O grande mal dos dirigentes é não entender que a melhor escolha faz uma gigantesca diferença, e a decisão precipitada de não saber escolher os nomes dos Secretários e Auxiliares, trará a verdade conhecida como traição, e na lida diária com os problemas da sua gestão, mais cedo ou mais tarde irá pronunciar a palavra definitiva: fui traído.

                     O bom dirigente é aquele que sabe que não pode construir tudo sozinho, e necessita saber escolher entre centenas de indicações, tendo a grandes quantidades de técnicos disponíveis no mundo político, mas as qualidades são raras e a confiabilidade é ainda muito escassa.

                      O líder ao desenvolver uma boa escolha, poderá assinar as nomeações que estará diretamente ligada ao sucesso da sua gestão. Todo nome traz uma história, e ao pronunciar um nome sabemos o grau de confiabilidade se essa  pessoa se já é conhecida. O nome traduz o que a pessoa fez, mas não ao ela poderá fazer, o importante é saber que as aparências são apenas molduras.

              O mundo político tem dessas coisas, e para entendê-lo temos que ter sabedoria e sensibilidade, deixando de lado a vaidade e assumindo a humildade nas decisões, pois aquele que ao assumir o governo  passa a “se achar” e agir como um imperador, com certeza  transformará os muros do palácio para cercá-lo, como se estivesse numa ilha, ficará sozinho e curtirá o ostracismo no seu mundo de solidão ao fim do seu mandato, e entenderá a dura frase: “rei posto, rei morto”.

 

por Wilson Fuá

Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
 
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