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Reunião discute reativação de portos hidroviários em Cáceres
Por assessoria
15/03/2019 - 12:29

Foto: assessoria

Por solicitação do prefeito Francis Maris Cruz, foi realizado em Cáceres na noite dessa quinta-feira (14), na Câmara Municipal, um simpósio com foco na logística de navegação da hidrovia do Rio Paraguai, rodovias 174 e 070 (Cáceres a Santo Antônio das Lendas) e a MT 243 (Porto Estrela a Cáceres).

O evento foi parte da programação do primeiro ‘Estradeiro’ de 2019, realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e Movimento Pró-Logística.

O prefeito recebeu as comitivas da Aprosoja, Movimento Pró-Logística e os convidados para a reunião, empresários, agropecuaristas, agricultores, fazendeiros, comerciantes, comerciários, engenheiros, demais profissionais liberais, sindicalistas, hoteleiros, vereadores, militares, representantes de entidades governamentais, secretários do governo municipal, funcionários públicos, professores e estudantes.

Foram três palestras sobre os assuntos, através do diretor executivo do Movimento Pró Logística, Edeon Vaz Ferreira; engenheiro Vanilson de Rossi e o professor, engenheiro civil e historiador Adilson Domingos Reis. Os três discorreram sobre a sonhada reabertura dos terminais de transbordo nas margens de Cáceres, Santo Antonio das Lendas, Paratubal e Barranco Vermelho.

Segundo o engenheiro Vanilso Queirós, Barranco Vermelho e Paratudal já são quase realidades e os terminais de Cáceres devem demorar, mas vão acontecer. “Cáceres será um ponto estratégico para o transporte de ureia e outros produtos agrícolas e agropecuários para serem distribuídos na região”, garante o engenheiro.

A única questão polêmica levantada através de perguntas dos presentes foi sobre os riscos ambientais. Os palestrantes foram unânimes em adiantar que não há riscos, porque todos os estudos necessários de impacto faram realizados e aprovados pelas autoridades competentes. “Ninguém quer destruir o Rio Paraguai, apenas as águas para navegar”, salientou o professor Adilson.

O engenheiro Vanilson destacou ainda que o terminal de transbordo que se pretende construir no interior do município será responsável também por levar progresso à região, a começar por uma rede de energia elétrica. “É o transporte mais barato, mais seguro que existe, e não polui o meio ambiente”, garante o engenheiro da RPG, acrescentando que os terminais de transbordo vão viabilizar de vez a ZPE em Cáceres.

O diretor executivo do Movimento Pró Logística, Edeon Vaz Ferreira, que coordenou a reunião, disse que a missão do movimento Estradeiro é reduzir fretes e levar desenvolvimento ao interior do Estado. Segundo ele, há um sistema de hidrovia perfeito que precisa ser desenvolvido e explorado. “Temos o desafio de dobrar a produção, que começa desenvolvendo os meios de transporte”, conclui Edeon, que prevê o funcionamento dos terminais de transbordo em Cáceres para o ano de 2.021.

Na primeira fase da construção, todos os investimentos serão custeados pela iniciativa privada, com a previsão de chegar a 50 milhões de reais.

O prefeito Francis se disse satisfeito com a reunião. “Este é mais um passo na luta de promover o desenvolvimento, não só de Cáceres, mas do nosso Estado e do Brasil. Estamos buscando todos os caminhos possíveis para alavancar de vez o progresso e garantir o futuro. Estamos plantando sementes e contamos com toda ajuda possível e a presença de todos nesta reunião é uma prova de juntos podemos ir cada vez mais longe nos objetivos. Muito obrigado pela presença de todos”, agradeceu Francis, anunciando que recebeu a visita de um grupo de prefeitos paulistas com a intenção de montar uma indústria de milho de álcool em Cáceres.

O Rio Paraguai, desde Cáceres até Nueva Palmira, no Uruguai, ocupa uma extensão de 3,442 mil quilômetros, dos quais 1,272 mil em território brasileiro, com um trecho compartilhado com a Bolívia e outro com o Paraguai. Como pontuam os pesquisadores, a declividade do rio é de somente 1,8 centímetros por quilômetro, bastante propícia para navegação nos dois sentidos. Eles registram que atualmente só ocorrem comboios de carga após a cidade de Corumbá (Mato Grosso do Sul), que não são usados para o transporte de cargas no percurso de 680 quilômetros do rio Paraguai entre Cáceres e Corumbá.

 

 

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