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Mulher denuncia estudante da UFMT por estupro e ‘acha’ maconha na vagina
Por Rafael Medeiros
05/02/2020 - 16:52

Foto: reprodução/Twitter

Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pedem que um universitário de medicina seja expulso após ser denunciado por crime de estupro. A Polícia Civil confirmou, que uma mulher de idade não divulgada, procurou a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá na manhã desta quarta-feira (5) e denunciou que foi estuprada no campus da UFMT, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá (MT). Segundo ela, o crime foi praticado em novembro de 2019.

 

Antes de procurar a Polícia Civil, a mulher, que não é estudante da UFMT expôs o caso na internet, através de mensagens publicadas no Twitter nesta terça-feira (4). Também deixou claro que já conhecia o suspeito, agora acusado de tê-la estuprado. Na tarde desta quarta-feira a postagem tinha mais de 3,3 mil compartilhamentos e 13,2 mil curtidas, além de milhares de mensagens de apoio a vítima.

Somente depois disso, ela buscou a PJC para registrar ocorrência. Nome e idade do acusado não foram divulgados. O suspeito já foi identificado, porém, não foi preso.

Ela contou à polícia que saiu de casa, após briga familiar e foi procurar um local para carregar o celular. Nesse intervalo, relata que recebeu uma mensagem do suspeito que se mostrou preocupado e pediu para vê-la.  A vítima mandou a localização onde estava e quando o homem chegou ela entrou no carro dele.

De acordo com o boletim de ocorrência, n° 2020.8758, a denunciante narra que o jovem deu um remédio e disse que era calmante. “Quando tomei, fiquei meio grogue e apaguei”, diz trecho do documento.

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Foto: reprodução/Twitter

A denunciante contou que o rapaz desviou o caminho, dirigiu a um motel e no percurso colocou a mão dela no pênis dele. Ela conta ainda no boletim que foi deixada na casa de um amigo, deixando subentendido que dormiu e não lembra os detalhes daquela noite.

Relata que no outro dia, quando foi tomar banho, encontrou maconha e uma camisinha dentro de sua vagina.

A Universidade Federal de Mato Grosso se posicionou sobre o assunto e repudiou a violência sexual sofrida pela jovem. A instituição disse que ele poderá ser passível de expulsão. Além disso, enfatizou que acompanha o caso junto com a Polícia Civil.

Veja a nota na íntegra

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), repudia qualquer ato que reverbere o machismo estrutural na sociedade em que vivemos, dentre outras práticas MISÓGINAS, que resultam em violação, degradação e morte de nossas mulheres, e prestamos toda nossa solidariedade e acolhimento à Angelica.

A mesma acusa um estudante de medicina da UFMT pela violência sofrida. Destacamos que aguardamos pelo cumprimento do papel da justiça e das investigações para elucidação dos fatos.

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Faculdade de Medicina (FM) informam que acompanham o caso e aguardam as investigações dos órgãos de segurança, em respeito à legislação vigente no país.

A Instituição assevera que o comportamento citado na denúncia é inaceitável e incompatível com a postura esperada de seus alunos e comunidade como um todo.

De acordo com o regimento de disciplina do corpo discente da UFMT, a prática de atos incompatíveis com a vida universitária e a condenação criminal definitiva por crime incompatível com a vida universitária são hipóteses passíveis de exclusão da Instituição.

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