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Ex-modelo: mãe põe fé em recomeço
Por Diário de Cuiabá
25/11/2014 - 07:22

Foto: DC

Nesta semana, uma empregada doméstica de Lucas do Rio Verde viu um drama vivido há mais de dois anos em sua família ganhar capa de revista, repercutir em dezenas de reportagens e motivar debates Brasil afora.

Mãe de Loemy, a ex-modelo que se envolveu com drogas e hoje vive ao relento na cracolândia, em São Paulo, Elizabeth Marques dos Santos viaja hoje ao encontro da filha com esperanças renovadas.

“Encontraram uma clínica especializada, ela vai ser internada hoje [ontem] e um médico já está cuidando dela. Sei que é difícil, mas meu sonho é ter minha filha de volta”, disse a mãe, em entrevista por telefone ao DIÁRIO.

Quando deixou Mato Grosso há quase três anos para tentar a sorte como modelo em São Paulo, Loemy se agarrava ao sonho de tantas outras com seu perfil: fama e sucesso em um mundo de glamour.

Neste final de semana, fotos dela estamparam a capa da revista Veja SP e sua vida ganhou destaque nos principais veículos de comunicação do país.

Mas a fama não chegou da maneira que ela imaginava. As fotos da garota antes e depois do vício em crack reabriram o debate sobre o poder destrutivo das drogas.

“Minha filha sempre foi alegre, estudiosa e esforçada. Nunca reprovou. Queria ser engenheira florestal. Mas acreditou num sonho, caiu na conversa de gente ruim e deu tudo errado”, conta Elizabeth.

O ano era 2012 e Loemy estava prestes a concluir o ensino médio. Em menos de três meses, estaria apta a prestar o vestibular. “Ela estava com a vida encaminhada”.

Em um evento em Sinop, a garota foi “descoberta” por um agente e recebeu o convite para trabalhar em São Paulo. “Fizeram um book [um portfólio de apresentação] para ela e vieram com um monte de promessas. Foi tudo muito rápido. Chegando lá, a situação era outra”, relata.

Na capital paulista, conta a mãe, a garota descobriu que tinha uma dívida de R$ 10 mil relacionada à produção do book. “Ela já chegou devendo e dali em diante sofreu muito na mão daquele pessoal”.

A primeira notícia de que a experiência havia dado muito errado foi há pouco mais de um ano. Uma psicóloga do serviço social da Prefeitura de São Paulo entrou em contato com Elizabeth para relatar as condições em que Loemy vivia.

“Fui até lá e fiquei um mês com ela, tentando fazer alguma coisa. Ela estava internada, mas podia sair quando queria. Claro que não podia dar certo. O crack é mais forte que a pessoa”, conta.

Na volta para casa, sem a filha, Elizabeth conta que passou a viver um martírio constante. “Como é que eu ia dormir, sabendo que ela estava lá na rua, jogada no chão? Como é que eu ia comer, lembrando que ela estava lá passando fome?”.

Com a repercussão do caso, clínicas e especialistas ofereceram tratamento à ex-modelo. Com passagens pagas por uma emissora de TV paulista, Elizabeth esperava seguir hoje ao encontro da filha. “Quando voltar a Mato Grosso, espero que ela esteja ao meu lado, sadia e pronta para recomeçar”.

 

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