O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Diretos Humanos (Sejudh), realizou uma série de eventos para lembrar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído em 21 de março pela Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com a gerente da Suppir, Silviane Ramos, foram realizadas palestras em unidades de ensino do Governo Estadual, abordando o tema. “No decorrer da semana estimulamos a discussão nas escolas sobre o combate ao racismo e a discriminação”, destacou Silviane Ramos.
No dia 21 de março, ocorrereu uma aula inaugural de Politização, evento realizado em parceria com o Grupo de União e Consciência Negra de Mato Grosso (Grucon-MT) e com o Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Alteridade (Negra) da Universidade de Mato Grosso (Unemat). Também na programação a divulgação do serviço de utilidade pública “Disque 100”, um serviço do Governo Federal de e proteção de crianças e adolescentes, com foco na violência sexual, mas que serve também para que o cidadão denuncie casos de discriminação e racismo.
Essas ações colocam em voga expressões culturais como o Maracatu, dança folclórica de origem afro-brasileira, o Congo e Chorado de Vila Bela da Santíssima Trindade, que representam a resistência dos negros que continuaram na região após a transferência da capital do Estado para Cuiabá, em 1835, propiciando intercâmbio cultural das manifestações com a comunidade de Vila Bela.
Prêmio
No dia 25 de março, na cidade do Rio de Janeiro, a servidora e gerente da Suppir, profª Silviane Ramos e o profº. doutor Paulo Alberto Santos Vieira, receberam o prêmio Camélias da Liberdade, na categoria “Experiências Educacionais para a Promoção da Igualdade Racial”.
O Prêmio Camélia da Liberdade, que chegou em sua 8ª edição, é uma manifestação institucional e pública do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), que se realiza, com o patrocínio da Petrobras, como reconhecimento de iniciativas que promovam as Ações Afirmativas como forma de contribuição para a superação das desigualdades raciais e sociais, de tal forma que fortaleçam os princípios democráticos que regem a nação brasileira.
O objetivo do Prêmio Camélia da Liberdade é incentivar empresas, universidades, governos, instituições públicas e veículos de comunicação a desenvolver projetos de Ações Afirmativas, de valorização da diversidade e inclusão étnica nos seus quadros, e que, ao longo do ano, tenham demonstrado compromissos concretos com a inclusão dos afrodescendentes na sociedade brasileira. Destina-se também a personalidades, cujas trajetórias estejam vinculadas à luta pela promoção e valorização dos elementos da cultura e identidade negra.
Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos.