O diretor do Hospital São Luiz, Onair Nogueira, confirmou agora pela manhã que médicos que atendem na unidade pelo Sistema Único de Saúde vão esperar 24 horas para decidir se param os atendimentos, feitos através do Sistema Único de Saúde. Eles afirmam que estão novamente com os  repasses do SUS atrasados,sem receber os meses de fevereiro e março. Onair disse que está esperando o repasse do SUS, através do Estado, em caráter de urgência. Na semana passada, ao ser comunicado pelos médicos sobre a decisão, Onair Nogueira comunicou o fato ao Ministério Público Estadual, Escritório Regional de Saúde, Central de Regulação, Secretaria Municipal de Saúde, Câmara dos Vereadores, e também a Secretaria de Estado de Saúde.

Esta é a segunda paralisação do ano. A primeira aconteceu no início de fevereiro, na primeira semana do mês. No dia nove, o governo fez o primeiro dos dois repasses atrasados. Os dois repasses pagaram os salários de outubro, novembro, dezembro e janeiro.

Com a paralisação de médicos pediatras, obstetras, clínicos gerais e cirurgiões, além de atendentes do Hospital São Luiz, em Cáceres, ficam mantidos apenas os atendimentos de emergência, não havendo internações, consultas e cirurgias eletivas.

O hospital realiza, em média, 600 internações, 750 consultas e 250 cirurgias eletivas, pelo SUS, mensalmente, segundo informou o diretor. Considerado o maior da região, o hospital São Luiz atende pacientes de 23 municípios e até de Rondônia e da Bolívia.

 Em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde, através de e-mail enviado, nossa redação foi informada que a Secretaria de Estado de Educação fez o repasse referente aos meses de fevereiro e março, no valor R$ R$ 2.798.000,00, mas até agora pela manhã o depósito não constava na conta do hospital. “Se eles fizeram o pagamento da forma “extra-ofício”, poderemos ver isso às nove da manhã”, informou o diretor, que está tentando gerenciar a nova crise.