Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Cáceres das bicicletas
Por por Clarice Navarro
17/07/2015 - 08:22

Foto: arquivo

“Mas não, mas não. O sonho é meu e eu sonho que deve ter alamedas verdes a cidade dos meus amores" A cidade ideal (Os Saltimbancos/Chico Buarque) 

Um centro histórico que, se restaurado, será com certeza um dos mais lindos do Brasil. Casarios com janelões, as ruas estreitas, calçadas de tijolos, o costume da conversa entre vizinhos sentados em cadeiras de fio nos finais de tarde. A culinária, o sotaque. O calor humano. 

O rio Paraguai, a natureza que abraça quem chega. E fica. 

Cáceres. Cidade das bicicletas. Quando cheguei aqui, há 28 anos, bicicleta era o meio de transporte mais usado pela população. Já vi, em uma, uma família inteira. 

Mas o tráfego de carros e motos era pouco. O acesso a meios de compra aumentou de forma rápida a frota de veículos automotores. A cidade cresceu desordenada e o trânsito hoje é caótico, especialmente nos horários de pico. Não há estacionamentos suficientes e o centro não comporta a demanda. 

Bicicleta hoje é mais usada para a prática esportiva. 

A administração municipal tenta por ordem. Pinta faixas de pedestres, aumenta semáforos, redutores de velocidade. Muda mãos de direção. E nas mudanças muitos se perdem. Ao transformar a rua 13 de Junho em mão única, acertou. Mas a mudança deve ser assimilada pelos motoristas. A informação da mudança deve ser massificada através da Coordenação Municipal de Trânsito/Assessoria de Comunicação, através de campanhas de conscientização. 

Não adianta uma viatura da Polícia Militar ir “empurrando” de volta os carros que trafegam na “nova” contramão, com motoristas nervosos tendo que dar a marcha a ré. “A senhora está ciente que está trafegando na contramão?”, pergunta educadamente o policial ao volante da viatura. Não. Não estou. Se estivesse não teria entrado na contramão. Não vi placa de sinalização. Estou ciente do caos que impera nas ruas, com carros em cima de calçadas, obrigando pedestres a andarem pelas ruas. Estou ciente de que as medidas a serem adotadas precisam acompanhar o mesmo ritmo vertiginoso do aumento de carros e motos nas ruas. 

Assim como estou ciente que moro numa cidade linda, acolhedora e merecedora de mais cuidados. Cuidados que devem vir do poder público e de cada cidadão. Calçadas limpas, lixo acondicionado apropriadamente, lotes sem mato, ruas sem buracos, fiscais de trânsito na rua orientando motoristas. Medidas simples. Que transformam. Com cada um cumprindo o seu papel. 



*CLARICE NAVARRO é jornalista em Cáceres 

 

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